INFLUÊNCIA DA DISTÂNCIA SOBRE A QUALIDADE DE IMAGENS PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO FAMACHA
INTRODUÇÃO: A ovinocultura, atividade de relevância global, enfrenta desafios significativos em virtude das helmintoses gastrointestinais. O Tratamento Seletivo Direcionado (TSD), em especial o método Famacha, tem sido empregado como estratégia de controle, baseando-se na avaliação visual da mucosa ocular. Contudo, a subjetividade inerente a esse método impulsiona a busca por ferramentas objetivas e confiáveis para a sua aplicação. OBJETIVOS: Este estudo objetivou analisar a qualidade de imagens da mucosa ocular de ovinos, capturadas a diferentes distâncias, com o intuito de avaliar a viabilidade da utilização de fotografias para a determinação do escore Famacha. MATERIAIS E MÉTODO: Foram realizadas análises qualitativas e comparativas de imagens da mucosa ocular de ovinos, utilizando como referência o gabarito do método Famacha. Animais com diferentes escores Famacha foram fotografados a distâncias variando de 10 a 50 centímetros, empregando-se uma câmera semiprofissional e um smartphone. As imagens foram comparadas entre si, considerando a fidelidade na representação da coloração da mucosa, usando-se um gabarito de cor RGB, por meio de ANOVA, seguido do teste de Tukey. RESULTADOS: Os resultados obtidos indicaram que a distância ideal para a captura de imagens da mucosa ocular, garantindo a obtenção de imagens com qualidade suficiente para a avaliação do escore Famacha, foi de até 40 centímetros, uma vez que não foi observada diferença significativa nas avaliações com distâncias entre 10 e 40 cm (p>0,05). Fotografias capturadas em posições caudais apresentaram qualidade inferior, comprometendo a análise da coloração da mucosa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a utilização de fotografias para a determinação do escore Famacha é promissora, desde que as imagens sejam capturadas a uma distância máxima de 40 centímetros.
PALAVRAS-CHAVE: Ovinocultura; Verminose; Método Famacha; Imagem digital; Qualidade da imagem