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PERFIL SOROLÓGICO PARA HANSENÍASE EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL COMPLEXA

FRANCO, Isabela Mendonça De Oliveira ¹; AGUIAR, Antoniella De ³; MIRA, Marcelo Tavora ²
Curso do(a) Estudante: Biotecnologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A hanseníase, uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, apresenta distintas manifestações clínicas que dificultam seu diagnóstico. O diagnóstico é frequentemente tardio, dentre outros fatores a falta de testes baratos e de baixa complexidade, levando o surgimento de incapacidades neurais permanentes aos indivíduos afetados. O grupo de pesquisa da LUMC, parceiro neste estudo, desenvolveu recentemente o teste imunodiagnóstico POCDxv1, capaz de quantificar anticorpos anti-PGL-1, um antígeno específico do M. leprae, como medida de infecção em processos de triagem em larga escala. O estudo de origem desse projeto tem como objetivo aplicar e avaliar a viabilidade de implementação de dois testes de imunodiagnóstico de baixa complexidade, sendo um deles o POCDxv1, em áreas endêmicas de hanseníase situadas na Amazônia brasileira e boliviana, para detecção de infecção por M. leprae e da doença hanseníase, através de estratégia de busca ativa, espontânea e mapeamento de novos casos da doença e rastreamento de contatos. A presente proposta visa em contribuir com o entendimento do comportamento do teste POCDxv1 no braço brasileiro do estudo, através da descrição a nível de anticorpo. OBJETIVOS: Descrever o perfil do nível de anticorpo anti-PGL-1 em uma amostra populacional recrutada em uma ex-colônia de hansenianos localizada no estado do Pará. MATERIAIS E MÉTODO: A amostra populacional foi recrutada dentre os moradores da Vila do Santo Antônio do Prata, através de duas expedições no ano de 2022. Os voluntários que aceitaram participar da pesquisa foram expostos à coleta de amostras de sangue periférico, obtido através de punção da polpa digital. O nível de anticorpo anti-PGL-1 foi determinado por meio do escaneamento do cassete, através do leitor portátil, após 50 ul de sangue periférico serem transferidos ao cassete. As análises descritivas foram feitas através dos programas SPSS, Excel e GraphPad Prism version 8.0.1, utilizando-se média, mediana e desvio padrão, sempre que adequado. Variáveis quantitativas foram testadas para normalidade e homogeneidade de distribuição. RESULTADOS: A distribuição do nível de anticorpo foi homogênea entre o sexo feminino e masculino, e entre as regiões da aldeia; níveis mais altos de anticorpo se concentraram em portadores da cicatriz causada pela vacina BCG; 50% e 33, 33% dos indivíduos em tratamento e confirmados para hanseníase, respectivamente, apresentaram valores maiores de nível de anticorpo, enquanto para os demais grupos foi menos de 10% dos indivíduos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conhecer o comportamento do nível de anticorpo anti-PGL-1 pode melhorar o entendimento da dinâmica local da hanseníase, por consequência no controle da enfermidade.

PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Anticorpo; Saúde pública; Estudo de campo; Reposta imunológica.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.