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PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO CONSUMO DE AÇÚCAR POR BEBÊS DE 1 ANO DA REDE MÃE CURITIBANA VALE A VIDA

DALAGNOL, Valentina Blicharski ¹; SANTOS, Caroline Souza Dos ³; ORSI, Juliana Schaia Rocha ²
Curso do(a) Estudante: Nutrição – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A OMS recomenda a restrição de açúcares antes dos dois anos de idade e no Brasil, a introdução de açúcares de adição ocorre antes do recomendado, aumentando os riscos de desenvolvimento de sobrepeso e/ou obesidade e cáries e as chances de escolhas alimentares inadequadas no futuro, reduzindo a frequência e duração do aleitamento materno. OBJETIVOS: Identificar a prevalência e os fatores associados à introdução precoce de açúcar ao 1 ano de vida da criança. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo está vinculado à “Coorte de Saúde Materno-Infantil de Curitiba (COOSMIC)”, que acompanha mulheres e suas crianças que realizam o pré-natal no serviço público de Curitiba, até os 2 anos de vida do bebê. Ele teve desenho transversal, aninhado à uma coorte. Todas as mães e seus bebês que participaram da coleta de dados do COOSMIC ao 1 ano da criança foram incluídas, totalizando uma amostra de 195. Foram selecionadas variáveis dos seguimentos pré-natal e 1 ano da criança, sendo elas relacionadas aos fatores demográficos e socioeconômicos, ao contexto e ao consumo alimentar da criança. A amostra foi caracterizada por meio de frequências. Para as análises de associação, foi considerado como variável dependente o consumo de açúcar ao 1 ano de vida. Foi aplicado o teste qui-quadrado associado ao método de Bonferroni. Nos casos em que as condições para o teste do qui-quadrado não foram atendidas, foi usado o teste Exato de Fisher. Foi adotado um nível de significância maior que 95% (p<0,05). RESULTADOS: Ao primeiro ano de vida, 39,8% das crianças já haviam consumido açúcar, principalmente mel e açúcar adicionado aos alimentos (26,4%), bolachas recheadas (14%) e suco artificial (12,9%). Crianças de mães com menor escolaridade e renda tiveram uma maior prevalência de consumo de açúcar, quando comparada às mães com maior escolaridade (p<0,001) e maior renda (p=0,018). Também foram associados ao consumo de açúcar ao 1 ano de idade a criança com irmãos, quando comparada aos filhos únicos (p=0,004). Ademais, crianças que já haviam consumido ultraprocessados salgados também tiveram maior prevalência no consumo de açúcar (p<0,001). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência do consumo do açúcar entre crianças de 1 ano de vida foi de 39,7% . Os resultados indicam que há uma relação entre a prevalência do consumo de açúcar e a renda familiar, escolaridade da mãe, existência de irmãos e o consumo de alimentos ultra processados salgados pelas crianças. Apesar das limitações, como amostra restrita e a dependência de relatos maternos, o estudo reforça a importância da introdução adequada do açúcar e sugere a necessidade de pesquisas futuras para explorar outros fatores associados ao consumo precoce de açúcar.

PALAVRAS-CHAVE: Açúcar; Introdução Precoce; Fatores Associados; Prevalência; Dieta Infantil.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.