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PERSPECTIVA DE FAMÍLIAS ACOLHEDORAS PROFISSIONAIS SOBRE ACOLHIMENTO COMO PROFISSÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

SILVA, Marcella Valmorbida Da ¹; MELO, Thainara Granero De ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social, cujas alternativas de proteção já tenham sido esgotadas, sejam acolhidos em instituições ou famílias acolhedoras, até que seja seguro voltar à família de origem ou, caso não seja possível, a adoção. Em alguns países ser uma família acolhedora pode ser uma profissão, uma prática remunerada e estabelecida como meio de renda dessa família. No Brasil essa modalidade de acolhimento ainda não está estabelecida e gera debates sobre sua possível implementação. OBJETIVOS: Revisar de forma sistemática, na literatura nacional e internacional, experiências de acolhimento familiar como profissão, na perspectiva das próprias famílias acolhedoras profissionais. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi elaborada a partir de uma revisão sistemática seguindo as diretrizes do protocolo PRISMA. As buscas foram realizadas nas bases de dados Scopus, Web of Science, BVS e Scielo, em três línguas: português, inglês e espanhol. RESULTADOS: Após a seleção dos artigos que atendiam os critérios de inclusão chegou-se a uma amostra de 10 artigos. A análise destes evidenciou que as famílias acolhedoras apresentam motivações intrínsecas e extrínsecas para a realização do acolhimento. Ainda, descrevem aspectos positivos do acolhimento, como a autonomia, flexibilidade, benefícios financeiros e desenvolvimento pessoal, além de negativos, tal qual a consciência de uma dupla responsabilidade, de profissional e pai de acolhimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As motivações para o exercício do acolhimento familiar se diferem a depender dos aspectos sociais e de gênero dos cuidadores. Além disso, foi observado que as motivações intrínseca e extrínseca normalmente caminham em conjunto para os acolhedores profissionais. Entretanto, a perspectiva do acolhimento como carácter caritativo faz com que a remuneração desse profissional seja constantemente questionada, principalmente quando o acolhedor é do gênero feminino. Por fim, o acolhimento profissional ainda é um debate recente e com a falta de materiais publicados em português, mais estudos são necessários para identificar a perspectiva dos acolhedores profissionais sobre o acolhimento como profissão no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Famílias acolhedoras; 2. Acolhimento familiar; 3. Acolhimento familiar profissional; 4. Direitos da infância

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária Inclusão Social no programa PIBIC.