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INFLUÊNCIA DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES NA QUALIDADE DE VIDA

FREGONESE, Vitoria Hamud ¹; GUERIOS, Lara ²
Curso do(a) Estudante: Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As DTMs podem ser definidas como um conjunto de manifestações clínicas de má função mandibular com sintomas dolorosos que podem impactar na qualidade de vida. A melhora nos sinais e sintomas pode ocorrer em pacientes que são tratados por meio de uma combinação de terapias conservadoras, incluindo fisioterapia e odontologia. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida dos portadores das DTMs; desenvolver no prontuário um encaminhamento odontológico específico para pacientes com DTM; Desenvolver orientações específicas para melhora de qualidade de vida dos pacientes com DTM; Restabelecer a função e qualidade de vida dos participantes desta pesquisa; Estabelecer correlações entre qualidade de vida e DTM; Colocar em prática um trabalho interdisciplinar em pacientes com DTMs. MATERIAIS E MÉTODO: Este projeto foi aprovado pelo CEP CAAE 13813419.8.0000.0020. Os dados apresentados foram obtidos por meio da pesquisa de campo quantitativa-exploratória e avaliação da Qualidade de Vida através do questionário SF-36. RESULTADOS: Foram incluídos 16 voluntários, com idade média de 33,31(13,93) anos, sendo 70% do sexo feminino, e 30% do sexo masculino, destacando a população feminina com maior incidência. As médias obtidas no SF-36 foram 405,3 pontos inicial e 465,4 pontos final, entretanto, a partir do teste t, a diferença estatística foi baixa, p= 0,3. O intervalo de tempo de início e final dos atendimentos foi de 8 meses (16/10/2023 a 24/06/2024) com uma média de 7,3 atendimentos. Independente do número de sessões realizadas todos os 16 pacientes obtiveram alta dos atendimentos fisioterapêuticos relatando melhora clínica da qualidade de vida, no domínio dor (p=0,09) e na escala EVA 6,875 inicial para 0,31 na dor final, p= 0.00, que foi realizada durante os atendimentos da fisioterapia. A abertura de boca teve média inicial de 39mm e final de 41,5mm. Todos os pacientes atendidos foram orientados pela fisioterapia com exercícios para relaxamento muscular, melhora da mobilidade articular de mandíbula e coluna cervical, realização de atividades físicas e baixarem o aplicativo desencoste seus dentes para auxílio da melhora dos sintomas apresentados. Tratando-se dos objetivos específicos, este projeto trouxe uma grande proximidade entre a fisioterapia e a odontologia referente ao tratamento das DTMs. Criou-se um fluxo de pacientes avaliados na odontologia e encaminhados para a fisioterapia utilizando como parâmetro de elegibilidade ao tratamento a ficha de avaliação adaptada para esse projeto (DC/TMD adaptado). Também foi criado a ambulatório de fisioterapia bucomaxilofacial com atendimento aos pacientes com qualquer disfunção que englobe cabeça e pescoço. Concomitante ao desenvolvimento de um projeto de extensão envolvendo o ambulatório da fisioterapia e os estudantes de odontologia para um tratamento multidisciplinar aos pacientes. Para os estudantes de fisioterapia houve a proposta da disciplina eletiva de Clínica avançada em fisioterapia bucomaxilofacial, que já está em andamento desde agosto/2024. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar do tamanho reduzido da amostra, o estudo foi concluído com uma melhora observada na qualidade de vida dos participantes. Investir em pesquisas mais abrangentes pode gerar resultados positivos para a saúde coletiva, possibilitando abordagens mais eficazes no manejo e tratamento das DTMs. Por ser uma disfunção que atinge o paciente de forma biopsicossocial, é imprescindível o tratamento multidisciplinar.

PALAVRAS-CHAVE: Disfunção temporomandibular; fisioterapia bucomaxilofacial; qualidade de vida; DC/TMD; dor orofacal

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.