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SÍNDROME PÓS COVID AGUDA (PACS) – UMA NOVA DOENÇA ?

CORA, Larissa Oldoni ¹; RIBEIRO, Gabriel Senes Velloso ³; ALCÂNTARA, Joao Pedro Toledo Lima De ³; BAENA, Cristina Pellegrino ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Ansiedade, depressão e estresse pós-traumático são responsáveis pela diminuição da qualidade de vida de pacientes com síndrome pós cuidados intensivos (PICS) nos pacientes que sobreviveram à internação em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo dividido em sintomas cognitivos, psiquiátricos e sintomas físicos. Por outro lado, com a pandemia de Sars-Cov2 observou-se a persistência de sintomas neurológicos, respiratórios e cardiovasculares após a fase aguda da doença, mas o mesmo conjunto de sintomas persistentes parece estar presente na Síndrome Pós-covid agudo (PACS) ou COVID longa. Há um esforço para se identificar esses pacientes, mas o estudo dos diagnósticos diferenciais pode contribuir para o tratamento adequado destes indivíduos. OBJETIVOS: Reunir e revisar sistematicamente a evidência disponível comparando a prevalência e incidência de ansiedade, estresse pós-traumático, depressão e retorno ao trabalho em pacientes com PICS por COVID e por não covid e avaliar as escalas utilizadas para diagnóstico. MATERIAIS E MÉTODO: Esse trabalho consiste em uma revisão sistemática realizada de acordo com o protocolo PRISMA no banco de dados PubMed/Medline, Cochrane, Embase, Scielo, SCOPUS e Base PEDro. Foram incluídos 4 coortes que compararam a incidência de PICS em populações com e sem COVID de estudos publicados entre 2022 e 2023. Foram utilizados modelos random para metanálise e a heterogeneidade foi avaliada pelo I2, e a ferramenta de New-Castle Ottawa para avaliação de qualidade dos estudos. RESULTADOS: Foram encontrados 4122 artigos e 4 coortes preencheram os critérios de seleção. Em relação à ansiedade, encontrou-se um RR (IC 95%) de 0,74 com I2= 50,3 %; para depressão 0,54 c I2 =19,3%; para TEPT 1,98 I2 = 0,0% e para retorno ao trabalho 0,73 I2=86,8%. Foi observada uma maior prevalência parecida de PICS entre os grupos COVID (3 análises a favor de maior incidência em COVID contra 2 para não COVID, pelo fato de em uma das coortes ter analisado pacientes antes e após 12 meses de alta). Porém, ao avaliar separadamente os domínios, pode-se perceber uma maior incidência de ansiedade, depressão e déficit cognitivo no grupo não covid, porém com uma taxa muito maior de estresse pós-traumático no grupo COVID, com uma taxa semelhante de problemas físicos entre os dois grupos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A PICS por Covid e não Covid não são tão diferentes como se poderia imaginar, tendo sido visto de maneira importante um maior estresse pós-traumático nos pacientes vítimas da pandemia. Isso mostra, portanto, que apesar de não haver mais pandemia pelo Sars-Cov 2, a PICS continuará sendo um problema de saúde pública independentemente da causa de internação a unidade de terapia intensiva.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Post Intensive Care Syndrome; 2. PICS; 3. Post ICU syndrome; 4. Post Acute Covid Syndrome

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.