RELAÇÃO ENTRE A DISTÂNCIA DA CRISTA MAXILAR AO CLIVUS COM CORRELAÇÃO DA DISTÂNCIA DO FRONTAL BEAK À BASE DO CRÂNIO

INTRODUÇÃO: Na face existem os seios paranasais, cavidades preenchidas por ar, localizados entre os ossos da base do crânio e os ossos faciais. Algumas de suas funções é diminuir o peso da cabeça, umidificar e aquecer o ar inalado, entre outras. Existem quatro seios faciais: maxilar, frontal, esfenoide e etmoide. A identificação de estruturas anatômicas das cavidades nasais e paranasais e suas variações anatômicas pode ser melhorada através do uso rotineiro da tomografia computadorizada, e tem grande importância dada sua utilidade nas cirurgias endonasal endoscópicas. OBJETIVOS: Procurar a relação entre a distância da crista maxilar ao clivus bem como a distância do frontal beak à base do crânio em adultos de 18 a 65 anos sem doenças previas do sistema respiratório. MATERIAIS E MÉTODO: Análise de 60 tomografias computadorizadas no corte sagital de pacientes do Hospital IPO no Eco Medical Center, sendo metade do sexo feminino e metade do sexo masculino entre 18 e 65 anos sem doenças prévias do sistema respiratório aprovado sob parecer número 58362622.8.1001.0020. A medição das distâncias do foi realizada por um programa de computador do IPO, que possibilita calcular a medida entre estruturas próximas umas às outras na tomografia de cada paciente selecionado e o registro dos dados foram realizados em uma tabela do Excel. Variáveis quantitativas foram descritas por média, desvio padrão, mediana, valor mínimo e valor máximo e as variáveis categóricas foram descritas por frequência absoluta e percentual. As variáveis quantitativas que apresentaram distribuição normal foram comparadas entre os dois sexos por meio do teste t de studant para amostras independentes e para as variáveis que não apresentaram distribuição normal dos dados o teste de Mann- Withney foi adotado. As correlações entre variáveis quantitativas foram analisadas por correlação de Pearson, com resultados descritos pelo coeficiente de correlação e valor de p (p <0,05 apresentando significância). Correlação >0,19 indicam correlação muito fraca; de 0,20 a 0,39 fraca; de 0,40 a 0,69 moderada; de 0,70 a 0,89 forte e de 0,90 a 1 muito forte. Os dados foram analisados com o programa computacional IBM SPSS v.29.0. RESULTADOS: Foi observado relação entre a distância da crista maxilar ao clivus e do frontal beak a base do crânio com Pearson não significativo. Metade dos pacientes analisados eram do sexo masculino, os quais obtiveram uma média da distância da crista maxilar ao clivus maior neste sexo, sem diferença da relação das medidas e da distância do frontal beak a base do crânio. Também, houve correlação significativa moderada do frontal beak à base do crânio e da relação das medidas com a idade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há uma correlação das variáveis crista maxilar ao clivus, bem como do frontal beak à base do crânio com uma média maior das distancias da crista maxilar ao clivus em homens. Além disso, foi possível notar uma correlação significativa e moderada entre a idade e a relação das medidas, bem como da medida do frontal beack a base do crânio. Ademais, as medidas sofrem influências da anatomia individual e de fatores como sexo e idade.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Seios paranasais 2. Crista maxilar; 3. Clivus; 4. Frontal beak; 5 Base do crânio 6. Tomografia computadorizada