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IMPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO MONONUCLEARES E MEMBRANA AMNIÓTICA NO INFARTO DO MIOCÁRDIO COM DISFUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA: ESTUDO EXPERIMENTAL

ROSSA, Isabella Cristina Mendes ¹; SOUZA, Luiz Cesar Guarita ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio é causado pela falta de fornecimento de oxigênio ao tecido do miocárdio, o que resulta na perda dos cardiomiócitos e substituição por tecido cicatricial fibrótico. Esse evento está relacionado ao comprometimento progressivo da função ventricular e, por fim, ao desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Essa patologia representa uma síndrome clínica com altos índices de morbimortalidade, haja vista que para os pacientes com quadros avançados dessa condição, as opções terapêuticas disponíveis são limitadas aos dispositivos de assistência ventricular e ao transplante cardíaco, os quais apresentam elevado custo e no caso do transplante, depende da disponibilidade de doadores. Nesse sentido, a medicina regenerativa surge como uma opção para aumentar a efetividade e acessibilidade aos tratamentos de casos graves de insuficiência cardíaca. Estudos apontam que o uso da membrana amniótica humana pode promover melhorias na cicatrização tecidual devido à liberação de fatores angiogênicos, como fator de crescimento do endotélio vascular, angiogenina e fator de crescimento derivado da plaqueta. No caso das células-tronco, também foi indicado uma melhoria terapêutica em pesquisas realizadas a partir de dano miocárdico isquêmico. OBJETIVOS: Avaliar o potencial da regeneração miocárdica após infarto agudo do miocárdio, utilizando biomaterial originado de Células-tronco Mononucleares e Membrana Amniótica Humana. MATERIAIS E MÉTODO: Esse projeto possui aprovação do Comitê de Ética no Uso dos Animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sob o número de parecer 02285. Para o estudo, 120 ratos machos Wistar, foram submetidos a infarto agudo do miocárdio experimental. No 7o dia, os ratos que apresentaram fração de ejeção do ventrículo esquerdo <50% ao ecocardiograma foram randomizados em quatro grupos: 1- controle; 2- células- tronco; 3- membrana amniótica; 4- membrana amniótica associado a células-tronco. No 30o dia, os animais sobreviventes foram submetidos a uma nova avaliação com ecocardiograma transtorácico e em seguida eutanasiados. Após a eutanásia, o miocárdio dos animais foi encaminhado para a análise histológica com as colorações Tricrômico de Gomori e Sirius-red, e avaliação imunohistoquímica com os anticorpos fator VIII e alfa-actina. RESULTADOS: Com relação à análise funcional, não foi identificada melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo nos grupos tratados. No entanto, houve melhora do volume sistólico e diastólico após 30 dias no grupo membrana amniótica associado a células-tronco. Na análise histológica, os animais desse mesmo grupo apresentaram menor extensão de fibrose na análise do Tricrômico de Gomori, além de menor porcentagem de colágeno tipo I. Na análise imuno-histoquímica, não foram evidenciados resultados significativos no fator VIII, porém, na análise da alfa-actina, foi observada a presença de maior porcentagem desse marcador no grupo membrana amniótica associado a células-tronco. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os animais do grupo membrana amniótica associado a células-tronco apesar não terem apresentado melhora da fração de ejeção, apresentaram redução dos volumes ventriculares, assim como menor extensão de fibrose e maior porcentagem de alfa-actina, o que pode sugerir maior capacidade de regeneração miocárdica com o uso desse biomaterial.

PALAVRAS-CHAVE: Infarto Agudo do Miocárdio; Insuficiência Cardíaca; Células-tronco Mononucleares; Membrana Amniótica Humana; Regeneração tecidual.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC Master.