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AFERIÇÃO DE VARIÁVEIS CLÍNICAS ATRAVÉS DE ENTREVISTA ESTRUTURADA E DIÁRIO DE CEFALEIA EM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO-SE INDIVÍDUOS DO GRUPO CONTROLE E GRUPO COM INCENTIVO A INGESTA DE ÁGUA

SILVA, Rafael Guilherme Vrech Da ¹; SILVA, Aline Vitali Da ³; OLIVEIRA, Carlos Eduardo Coral De ³; REICHE, Edna Maria Vissoci ³; FREDERICO, Regina Célia Poli ³; CAMPOS, Gabriela Rosa ³; BELLO, Valeria Aparecida ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma condição neurológica crônica que afeta significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas. Embora a hidratação adequada seja essencial para a saúde, poucos estudos avaliaram especificamente seu impacto no tratamento da migrânea. OBJETIVOS: O ensaio clínico randomizado visa investigar se a orientação do aumento da ingesta de água pode melhorar os sintomas da migrânea em comparação com o manejo convencional. MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo, realizado no Ambulatório de Cefaleia da PUCPR-Londrina, envolverá um ensaio clínico randomizado com dois grupos: um que seguirá as orientações convencionais e outro que receberá orientações individualizadas para aumentar a ingestão de água. A eficácia da intervenção será avaliada por meio dos questionários Migraine Disability Assessment (MIDAS), Headache Impact Test (HIT-6), Allodynia Symptom Checklist (ASC-12), General Anxiety Disorder 7 (GAD-7), Inventario de Depressão de Beck. RESULTADOS: Para os dias com dor, o grupo Água teve uma média de 30,6 dias com dor (±8,71) nas primeiras 6 semanas, que diminuiu para 18,5 dias (±9,26) após 12 semanas. No grupo Controle, a média de dias com dor foi de 19 dias (±10,13) nas primeiras 6 semanas, diminuindo para 14,86 dias (±8,01) após 12 semanas. Os valores de p foram 0,179 para o grupo Água e 0,462 para o grupo Controle, indicando que as reduções observadas em ambos os grupos não foram estatisticamente significativas. Em relação aos dias com dor incapacitante, o grupo Água apresentou uma média de 8,8 dias (±12,15) em 6 semanas, reduzindo para 4,5 dias (±7,72) após 12 semanas. No grupo Controle, a média foi de 2 dias (±1,63) em 6 semanas, diminuindo para 1,43 dias (±1,81) após 12 semanas. Os valores de p foram 0,264 para o grupo Água e 0,495 para o grupo Controle, novamente evidenciando a ausência de significância estatística nas mudanças observadas. No que diz respeito aos dias com uso de analgésicos, o grupo Água apresentou uma média de 20,8 dias (±15,83) em 6 semanas, que diminuiu para 5,5 dias (±9,68) após 12 semanas. O grupo Controle teve uma média de 9,75 dias (±2,63) em 6 semanas, reduzido para 8,57 dias (±9,27) após 12 semanas. O valor de p para o grupo Água foi de 0,102, enquanto para o grupo Controle foi de 0,012, mostrando que a redução no uso de analgésicos em 6 semanas para o grupo Controle foi estatisticamente significativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados encontrados no estudo sugerem que a intervenção de aumento de ingestão de água não resultou em melhorias estatisticamente significativas nas características da migrânea em comparação ao grupo controle. A única exceção foi a redução no uso de analgésicos no grupo controle, que foi estatisticamente significativa.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Migrânea; 2. Hidratação; 3. Qualidade de vida; 4. Ensaio clínico controlado randomizado; 5. Estilo de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.