INVESTIGAÇÃO E ASSOCIAÇÃO DO TESTE DE FATIGABILIDADE DE SALTOS EM AMBIENTE LABORATORIAL COM TESTES DE CAMPO

INTRODUÇÃO: A Taxa de Utilização Excêntrica (EUR) emerge como indicador promissor do desempenho da potência muscular. Esta métrica, calculada pela razão entre o salto com contramovimento (CMJ) e o salto estático (SJ), visa avaliar a eficiência com que a energia elástica armazenada durante a fase excêntrica do movimento é utilizada na fase concêntrica, resultando em um salto mais alto. F, OBJETIVOS: O presente estudo busca comparar a EUR entre indivíduos ativos e não ativos, investigando as possíveis diferenças no desempenho da potência muscular. MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliados 16 universitários do sexo masculino, com idade entre 18 e 24 anos de idade. Utilizou-se o questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta para classificação em ativos e não ativos. Para a avaliação de saltos, foi utilizado a aplicativo My Jump Lab. O celular foi posicionado em um tripe com 1 metro de altura e 3 metros de distancia do avaliado. Foram filmados 3 saltos com contramovimento (CMJ) e 3 saltos estáticos (SJ). Considerou-se a análise visual: (1) ponto de saída: momento de perda de contato do pé com solo; (2) aterrisagem: ponto de contato do pé com o solo. Houve aquecimento com caminhada em esteira a uma velocidade de 5 Km/h. Foram analisados os dados: altura de salto (cm), força (N), força relativa (N/kg), Energia (W), potência relativa (W/kg), velocidade media (m/s), velocidade de decolagem (m/s), impulse (kg*m/s), tempo de voo (m/s) e taxa de utilização excentrica (EUR). Considerou-se EUR como: altura de CMJ / altura de SJ. RESULTADOS: Conforme critério de classificação do IPAQ, foram elencados 9 sujeitos como ativos e 7 sujeitos como não ativos. No CMJ (tabela 1) indivíduos ativos apresentam maior força, força relativa, energia e velocidade média. Enquanto no SJ, indivíduos ativos apresentam maior altura de salto, força, força relativa, energia, potência relativa e tempo de voo. Apesar de individuos ativos apresentarem melhores taxas de EUR, não houve diferença estatisica entre ativo e não ativo. Valores aproximados de 1,1 é indicativo que a energia elástica armazenada durante a fase excentrica foi utilizada de forma eficiente na fase concêntrica; enquanto que valores superiores indicam debilidade [1]. Recente estudo de Kozink et al. [2] indicou correlação negativa entre o índice de utilização excêntrica (EUR) e a taxa de desenvolvimento de força (RFD) em saltos agachados (squat jumps). Especificamente, um EUR mais alto foi associado a uma capacidade reduzida de desenvolver força rapidamente durante o salto agachado. Para a amostra do presente estudo, a EUR não foi indicativo suficiente de discriminador entre ativos e não ativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo não sustenta evidências de que a EUR possa ser utilizada como indicador do desempenho da potência muscular entre ativos e não ativos, apesar de menores valores no grupo ativo.

PALAVRAS-CHAVE: taxa de utilização excentrica; saltos; pliometria; desempenho esportivo