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A MICROPOLÍTICA DO MICROTRABALHO: UMA NETNOGRAFIA DOS AFETOS

RIBEIRO, Aline Mugnon ¹; MELO, Thainara Granero De ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O trabalho aborda a micropolítica do microtrabalho, focando na análise das interações e conteúdos postados em redes sociais relacionados a esse fenômeno, por meio de uma netnografia. O estudo busca visibilizar o papel dos afetos nas interações dos trabalhadores, considerando como essas interações servem como estratégias de validação de suas experiências, seja em contextos de isolamento ou de organização política. OBJETIVOS: Tem como objetivo geral identificar o conteúdo postado e as interações sobre microtrabalho, analisando como os afetos manifestados servem como estratégia de validação das experiências dos trabalhadores. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa é de cunho qualitativo e se insere no que metodologicamente chama-se de Estudos de Plataforma. Utiliza-se aqui da abordagem netnográfica, que envolveu o rastreamento e observação das interações em redes sociais usadas pelos trabalhadores para a produção do corpus da pesquisa. A partir desse monitoramento, selecionou-se postagens, trechos e interações referentes às estratégias de organização e resistência, bem como de registros que evidenciam manifestações afetivas em relação ao cotidiano de trabalho. As informações foram organizadas em eixos temáticos, analisados à luz dos conceitos centrais do estudo – afetos tristes e sustentabilidades afetivas. RESULTADOS: Os resultados foram organizados em quatro eixos centrais que elucidam as articulações afetivas entre trabalhadores das plataformas de microtrabalho: (1) temporalidade; (2) loteria; (3) receita do sucesso e; (4) cooperação x isolamento. Sugere-se que os afetos desempenham um papel crucial nas interações dos trabalhadores nas redes sociais, contribuindo para validar suas experiências e a promover a ainda incipiente articulação política. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo conclui que a compreensão dos afetos é fundamental para entender as dinâmicas do microtrabalho e suas implicações políticas, além de abrir caminhos para a compreensão da responsabilidade das plataformas para com os trabalhadores.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Microtrabalho; 3. Psicologia Social do Trabalho; 3. Netnografia; 4. Sustentabilidades afetivas; 5. Afetos tristes.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.