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DETERMINANTES DE DISPNEIA EM UMA POPULAÇÃO DE SOBREVIVENTES DA FORMA GRAVE DA COVID-19

MOSELE, Nathália ¹; STIVAL, Rebecca ³; BAENA, Cristina Pellegrino ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Os sobreviventes da COVID-19 apresentam sintomas crônicos que afetam sua funcionalidade e qualidade de vida. Dentre eles, a dispneia foi uma sequela que se desenvolveu após o quadro agudo da doença. Considerando que há possíveis preditores diante desse sintoma, há a necessidade de sua análise para melhor manejo no âmbito médico e social. OBJETIVOS: Avaliar os preditores da dispneia em pacientes pós infecção aguda pela COVID-19 de forma grave. Materiais e Métodos. Conduziu-se uma coorte prospectiva de sobreviventes da COVID-19 que receberam alta hospitalar entre junho de 2020 a dezembro de 2021, de hospitais do Sistema Único de Saúde de Curitiba/ PR/ Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: Em duas visitas presenciais, com aproximadamente 6 meses de intervalo, os participantes eram entrevistados sobre os sintomas persistentes, examinados, coletavam exames laboratoriais e realizavam tomografia de tórax. O desfecho primário foi avaliar os fatores preditores da dispneia através da Escala de Dispneia modificada do British Medical Council (Mmrc), do índice de Charlson, do Teste de sentar e de levantar em 1 minuto (TSL1). Um modelo de análise multivariada foi utilizado para estabelecer a associação entre os fatores de risco e o desfecho. RESULTADOS: Cento e treze participantes foram avaliados ambulatorialmente no seguimento pós-COVID-19. A maior parte dos participantes foi do sexo feminino 60 (53,1%), com média de idade de 51,7 (±13,2). A mediana da pontuação pelo índice de Charlson foi de 2 (IIQ 0,5-3) pontos, indicando baixo índice de comorbidades. O número de participantes internados foi de 106 (93,8%), com média de 16,04 (±12,9) dias e em uso de VMI 24 (21,2%) durante a fase aguda. Na primeira consulta de acompanhamento, os indivíduos apresentam, em média, 9,09 (±5,49) sintomas crônicos, sendo 77% dispneia (mMRC ≥ 1). Desses 15 (13,27%) com dispneia que impede de sair de casa (mMRC=4). Na segunda consulta, compareceram 54 indivíduos, esses manifestaram sintomas crônicos, em média, 2 (±1,69). A dispneia passou ocorrer em 59,3% (mMRC ≥ 1), e desses 2 (3,7%) com dificuldade de sair de casa (mMRC=4). O TSL1 apresentou uma mediana de 19,5 (IIQ 15, 25-23) na primeira consulta, o que corrobora com a dispneia 77% e a fadiga 49,5%. Enquanto na segunda consulta, o TSL1 obteve uma mediana de 20 (IIQ 17-21,5), com 62,9% de participantes com fadiga. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo analisou os sobreviventes da forma grave da Síndrome pós infecção aguda pela COVID-19. Verificando que a dispneia, especialmente em relação à necessidade de internação, evoluiu após alta hospitalar. A maioria dos participantes apresentou melhora desse sintoma ao longo do acompanhamento, embora uma parcela tenha mantido ou piorado o quadro através da escala de mMRC. A piora da dispneia se mostrou associada a alterações tomográficas fibróticas.

PALAVRAS-CHAVE: 1. COVID-19; 2. Síndrome pós-COVID-19; 3. Dispneia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.