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ANÁLISE DO USO DE MÍDIAS SOCIAIS POR ESTUDANTES DE MEDICINA DENTRO DO AMBIENTE HOSPITALAR

LARA, Letícia Brunetto De ¹; NASR, Adonis ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Desde os anos 2000, a evolução da tecnologia levou ao surgimento de diversas redes sociais, impactando significativamente o ambiente hospitalar. Estudantes de medicina têm usado cada vez mais essas plataformas, o que gera tanto benefícios quanto desafios. Por um lado, as redes sociais podem melhorar a comunicação médico-paciente e o compartilhamento de conhecimento. Por outro, seu uso inadequado pode violar princípios éticos e comprometer a privacidade, criando preocupações no âmbito médico. A integração consciente e ética dessas tecnologias pode, portanto, trazer melhorias significativas, mas também exige cautela para evitar consequências negativas. OBJETIVOS: Analisar o comportamento dos acadêmicos de medicina no uso das redes sociais e da internet no ambiente hospitalar, bem como os efeitos e consequências para a prática médica. Especificamente, busca-se entender a relação dos estudantes de medicina com a Ética Médica e como eles a aplicam durante o uso das redes sociais, além de examinar o comportamento dos estudantes no ambiente hospitalar em relação às mídias sociais. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo, realizado em Curitiba durante 2023 e 2024, analisa o uso de redes sociais e a internet por acadêmicos de medicina no ambiente hospitalar. Com um custo de R$ 30,00 em materiais de escritório e o uso de equipamentos permanentes como tablets e computadores, a pesquisa qualitativa e descritiva envolve 300 estudantes de medicina maiores de 18 anos, que participam voluntariamente e aceitam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os participantes responderam a um questionário semi-estruturado com 26 perguntas, distribuído via Google Formulários por meios digitais. O projeto analisará respostas relacionadas à identificação, fatores demográficos, uso de redes sociais e conhecimento da Ética Médica. RESULTADOS: O estudo com 167 estudantes de medicina, majoritariamente mulheres (113), de cinco instituições em Curitiba-PR, revelou que todos possuem acesso à internet móvel e usam principalmente o Instagram (89,8%) por uma média de 3,24 horas diárias. Embora todos sigam profissionais da saúde, apenas 58,7% acham adequado que médicos postem fotos com pacientes, e opiniões variam sobre a divulgação de conteúdos políticos (58,7%), religiosos (70,9%) e de ideologia de gênero (62,7%), dependendo do material. A maioria (70,1%) evita usar redes sociais durante atividades hospitalares, mas 61,7% discutem casos clínicos online, embora 56,3% não compartilhem esses casos em outros grupos. Além disso, 89,9% notaram postagens irregulares, mas 56,3% não tomaram ação sobre elas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: uso de novas
tecnologias na medicina tornou-se comum entre estudantes e profissionais, alterando a relação médico-paciente. As mídias sociais, embora úteis, apresentam riscos éticos, de confidencialidade e de informações falsas. O estudo mostra que o uso de redes sociais por acadêmicos de medicina é cotidiano, mas muitos desconhecem as regras do CFM sobre publicidade médica. Isso destaca a importância da educação médica continuada pelos Conselhos Regionais de Medicina para orientar sobre essas questões.

PALAVRAS-CHAVE: 1.Redes sociais; 2. Ética médica; 3.Acadêmicos de medicina; 4. Ambiente hospitalar; 5 Tecnologia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.