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EDIÇÃO GENÉTICA: UMA POSSILIDADE DE COMPENSAÇÃO OU DE AUMENTO DA DESIGUALDADE?

JUNIOR, Vagner França Florentino ¹; SGANZERLA, Anor ²
Curso do(a) Estudante: Bacharelado Em Filosofia – Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Devido aos avanços modernos na edição genética, o mundo se aproxima cada vez mais de uma ramificação da medicina. Algo que, até poucos anos atrás, parecia ser exclusivo da ficção científica, hoje se aproxima da realidade. Desde o mapeamento do genoma humano em 1953 até os métodos inovadores, como o CRISPR-Cas9, observamos tanto os avanços quanto as preocupações éticas associadas a esse tema. A história humana nos mostra os riscos da eugenia e da concepção do “ser humano ideal”, que é idealizado por determinadas sociedades ao longo do tempo. Devemos questionar se esse avanço beneficiará toda a humanidade ou apenas aqueles que podem arcar com os custos. OBJETIVOS: Objetivo geral: Analisar se as possibilidades de utilização da edição gênica representam uma possibilidade que agravaria a desigualdade social, ou se elas representam uma possibilidade de compensação.
Objetivos específicos: Conhecer as possibilidades oferecidas pela edição gênica; Identificar as questões éticas presentes na edição gênica; Avaliar se as possibilidades da edição gênica representam uma possibilidade que agravaria a desigualdade social, ou se elas representam uma possibilidade de compensação. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados uma seleção de artigos com base no tema, tanto na esfera filosófica, da medicina e do direito. A metodologia se enquadra no tipo de pesquisa bibliográfica devido a utilização de artigos e livros para a pesquisa. Foram utilizados descritores. RESULTADOS: A ciência explica claramente o funcionamento da edição genética e reconhece seus riscos e aplicações, demonstrando que o avanço pode ser benéfico para os setores agrícola, pecuário e humano, com promessas crescentes à medida que novos estudos surgem rapidamente. No entanto, a preocupação com a desigualdade e o acesso ao tratamento ainda está negligenciada, o que pode levar a problemas graves de desigualdade social no futuro e gerar desconforto ético e social. Não é possível prever com clareza se todo esse trabalho será compartilhado globalmente. Observa-se um caminho de desigualdade no acesso e até mesmo problemas relacionados à eugenia e ao preconceito genético. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As áreas filosóficas e sociais têm maior preocupação com esses fatores, se comparadas a outras ciências, sobretudo com os riscos de uma nova eugenia, sem considerar se o avanço será acessível apenas à elite social. Isso evidencia o apagamento dos países com baixo desenvolvimento tecnológico e médico, que podem ficar sem acesso a essa área da medicina. Ao mesmo tempo, ficamos à mercê da benevolência das nações que detêm os maiores avanços na modificação genética, na esperança de que compartilhem suas descobertas e não usem seu poder para manipular países menos desenvolvidos. Conclui-se que, embora haja avanços significativos na modificação genética, esses avanços não acompanham a mesma velocidade nas questões sociais, deixando uma grande parte da humanidade excluída dos resultados finais e aumentando a desigualdade na saúde global, beneficiando apenas uma minoria que se considera merecedora desses avanços.

PALAVRAS-CHAVE: CRISPR-Cas9; Edição Genética; Desigualdade; Ética;

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.