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PAISAGEM HUMANIZADA: SUBSÍDIOS À GESTÃO DE CIDADES (PÓS-)PANDÊMICAS NO PARANÁ

WINKELER, Fernando Bacila ¹; HARDT, Carlos ³; ZALKOSKI, Nathaly Louise ³; PELLIZZARO, Patrícia Costa ³; HARDT, Leticia Peret Antunes ²
Curso do(a) Estudante: Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Arquitetura E Urbanismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Perante os desafios impostos em períodos pandêmicos, a problemática investigativa se refere às necessidades de proposição de soluções urbanísticas para mitigação de efeitos deletérios desses eventos. OBJETIVOS: Nessa perspectiva, o objetivo geral da pesquisa consiste em subsidiar o processo de gestão de cidades (pós-)pandêmicas no Paraná. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo, com natureza aplicada, composição múltipla de métodos e feição qualiquantitativa, foi organizado em cinco etapas estruturantes. A primeira e a segunda foram direcionadas, respectivamente, ao aprofundamento de fundamentos teóricos, com interpretação de conceitos e teorias pertinentes, e à sistematização de procedimentos metodológicos, com estabelecimento de métodos e técnicas para desenvolvimento do trabalho. Por sua vez, a terceira foi orientada ao entendimento de aspectos físico-territoriais, socioeconômicos e jurídico-legais de contextos urbanos de metrópoles estaduais (Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá), previamente determinadas como objetos integrados do grupo de pesquisa. Em paralelo, a quarta foi dirigida ao diagnóstico de áreas vulneráveis, representadas por cinco pontos e suas imediações na região central de cada cidade, definidos por critérios de concentração de pessoas (suscetibilidade ao contágio pandêmico) e segurança pública (potencialidade de vitimização por delitos de oportunidade). A quinta etapa foi, então, voltada a discussões propositivas de diretrizes para (re)humanização da paisagem urbanizada, levando em consideração as realidades locais. RESULTADOS: Como respostas ao questionamento formulado, os resultados analíticos revelam situações anteriores e posteriores à recente pandemia, com foco em questões de requalificação espacial, mobilidade ativa, transporte público, resiliência urbanística e acessibilidade universal, dentre outros atributos de configuração de urbes vitalizadas. Esses achados demostram que as metrópoles analisadas já detinham traços dessas características. Contudo, ao longo e após o evento pandêmico, as iniciativas nesse sentido foram tênues em Curitiba, Cascavel e Maringá, ao passo que em Londrina houve alteração cicloviária significativa. Por mais que sejam identificadas intenções de valorização dos cidadãos em espaços públicos, ainda persistem deficiências, para as quais são propostas diretrizes para requalificação de passeios, implantação de travessias elevadas, otimização de sistemas intermodais de transporte, ampliação de ciclovias e ciclofaixas, utilização de vazios urbanos, redução de barreiras físico-visuais, recuperação de imóveis abandonados, melhoria da arborização viária, incentivo à diversificação de usos e promoção da conscientização cívico-social, dentre outras. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses indicativos conduzem à conclusão de que, com a implementação dessas proposições, podem ser gerados ambientes urbano-paisagísticos mais resilientes, acessíveis, seguras e sustentáveis, propiciando a confirmação da hipótese aventada de que soluções inovadoras e modelos aplicáveis à realidade paranaense possibilitam, por meio da conformação de cenários urbanos humanizados, a atenuação de adversidades provocadas por pandemias.

PALAVRAS-CHAVE: resiliência urbana; (re)humanização espacial; áreas vulneráveis; diretrizes urbanísticas; metrópoles paranaenses.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.