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AVALIAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE ANALGESIA PÓS-OPERATÓRIA DE GATOS SUBMETIDOS À PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA ESCOLA (CVE/PUCPR) COM O USO DA ESCALA MULTIDIMENSIONAL DA UNESP-BOTUCATU (EMUB)

RIBAS, Rafaela De Oliveira ¹; FREIRE, Gustavo Henrique ³; PEREIRA RIBEIRO, Caroline ³; ZANI, Grazielle Calvano ³; DUQUE, Celina Tie Nishimori ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Considerando a incapacidade dos animais de verbalizar a ocorrência de quadros dolorosos, as avaliações de dor devem ser inerentes a rotina da Medicina Veterinária, a fim de garantir o bem-estar animal. Levando em conta as particularidades comportamentais dos gatos, o uso de ferramentas multidimensionais validadas torna-se imprescindível para a obtenção de resultados consistentes. Nesse estudo, o período pós-operatório de dez gatos (n=10) foi acompanhado para avaliações de dor aguda, com uso da Escala Multidimensional da UNESP de Botucatu (EMUB). OBJETIVOS: O objetivo envolveu o desenvolvimento de uma análise dos protocolos analgésicos, em conjunto com a observação de respostas fisiológicas e comportamentais, com a finalidade de evidenciar a importância da individualização das terapias de dor. MATERIAIS E MÉTODO: Nesse estudo, foram analisados o período pós-operatório de dez gatos (n=10), que foram submetidos à procedimento cirúrgico na Clínica Veterinária Escola da PUCPR. Eles foram acompanhados para avaliações de dor aguda, com uso da Escala Multidimensional da UNESP de Botucatu (EMUB). Para a coleta de dados, os gatos foram submetidos a três avaliações e, para os pacientes que necessitaram de resgate analgésico, uma quarta avaliação foi realizada. RESULTADOS: Verificou-se que os resultados obtidos variaram entre dor leve em 80% e dor moderada em 20% dos pacientes avaliados. Três gatos precisaram do resgate analgésico e, posteriormente, apresentaram reduções nos escores de dor aguda. Ademais, todos os pacientes demonstraram algum grau de inibição comportamental no período perioperatório, enquanto alterações significativas em padrões comportamentais foram registradas em 40% dos felinos incluídos nesse estudo. Evidenciou-se, também, que o medo pode resultar em um falso aumento do escore de dor aguda. Já para os pacientes com temperamento feral, houve a impossibilidade da aplicação dessa escala de dor, sendo que um animal foi excluído do estudo em razão do comportamento agressivo. Destaca-se, ainda, que a validação da EMUB foi realizada a partir da sua aplicação por Médicos Veterinários Anestesistas e Cirurgiões. Desse modo, a carência de experiência clínica pode levar ao aumento da subjetividade dos resultados. Nesse projeto, divergências entre as perspectivas do avaliador e do Médico Veterinário Anestesista ocorreram em 20% dos casos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, devido sua importância na rotina da Medicina Veterinária, a utilização de escalas de dor na rotina clínica deve ser incentivada e aprimorada constantemente. Nesse sentido, há a necessidade da realização de mais estudos nesse âmbito, a fim de promover o desenvolvimento de métodos concisos para o reconhecimento e a quantificação da dor aguda, que permitam a inclusão de todos os pacientes, independentemente do temperamento individual, em conjunto com a ampliação de profissionais capacitados para a realizações das avaliações de dor aguda no pós-operatório de gatos.

PALAVRAS-CHAVE: Dor-aguda; Gatos; Analgesia; Avaliação-da-dor; Escore

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.