Logo PUCPR

DESENVOLVIMENTO DE ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE RINOSSINUSITE FÚNGICA NÃO INVASIVA EM SEIOS DA FACE

HIRANO, Danielle Rye ¹; SOBRINHO, Miguel Ibraim Abboud Hanna ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: As RSF apresentam 2 categorias de classificações baseadas na invasão tecidual, dividida em Rinossinusite Invasiva e Não Invasiva. Sua fisiopatologia ainda não é completamente entendida, mas estudos descrevem que não seria verdadeiramente uma infecção fúngica, mas uma reação de hipersensibilidade aos antígenos fúngicos. Suspeita-se de RSFA em pacientes que apresentam resistência aos tratamentos comumente utilizados, incluindo tratamentos clínicos e cirúrgicos. Ainda não existe um consenso quanto ao tratamento ideal para as RSF, no entanto, a maioria dos estudos realizam seguimento cirúrgico endoscópico dos seios paranasais para a retirada da infecção fúngica. Em seguida, no manejo pós cirúrgico, são prescritos antifúngicos orais com corticoides locais ou sistêmicos para realizar a supressão imunológica das respostas inflamatórias presentes. Além da dificuldade em diagnosticar a RSF, a qual é uma rinossinusite que se apresenta de forma crônica, e com sintomas inespecíficos e muito semelhantes aos de uma rinossinusite viral ou bacteriana, também, há a dificuldade em realizar o tratamento em RSF. OBJETIVOS: Determinar a incidência de doença isolada fúngica não invasiva em seios paranasais.
Determinar qual seio paranasal há maior prevalência de Rinossinusite fúngica não invasiva
Quantificar pacientes com Rinossinusite fúngica não invasiva MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi desenvolvido no serviço de imagem do Centro de diagnósticos Água Verde (CEDAV). As variáveis categóricas foram descritas por frequência absoluta e percentual, enquanto a idade dos pacientes foi descrita por média ± desvio padrão. A taxa de prevalência de rinossinusite fúngica não invasiva apresentou um intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: Um total de 51794 tomografias computadorizadas foram realizadas em um centro de diagnóstico por imagem especializado, abrangendo o período entre 01 de janeiro de 2019 e 02 de maio de 2024. Foram identificados 90 casos de Rinossinusite fúngica não invasiva. A análise da prevalência dos seios paranasais acometidos entre os 90 pacientes revelou uma predominância significativa do seio maxilar de forma unilateral, apresentando 66 casos, 73,3% do total. Este, foi seguido pelo seio esfenoidal unilateral, com 10 casos (11% do total). Os seios que tiveram menor frequência de acometimento foram os seios etmoidal unilateral e a associação de múltiplos seios. Dentre o total de pacientes estudados, 54 casos (60%) foram identificados em pessoas do sexo feminino, enquanto 36 casos (40%) ocorreram em pessoas do sexo masculino. A faixa etária dos pacientes acometidos variou entre um mínimo de 20 anos e um máximo de 90 anos, com uma idade média calculada de 58,44 anos e um desvio padrão de 18,86. As maiores prevalências foram observadas na 7ª década de vida, seguida pela 6ª década, indicando que a rinossinusite fúngica não invasiva no CEDAV tende a afetar predominantemente indivíduos mais velhos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados que indicaram a presença de infecção fúngica foram as hiperdensidades e as calcificações no interior das cavidades sinusais. A análise revelou que essas descrições, foram mais frequentemente observadas no seio maxilar unilateral. . A maioria dos casos ocorreu em indivíduos do sexo feminino, com uma idade média dos pacientes de 58,44 anos.

PALAVRAS-CHAVE: Rinossinusite fúngica; Fungos; Infecção; Otorrinolaringologia; Seios paranasais.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.