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SINDROME PÓS-COVID: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ANTERIOR A DOENÇA E DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM AMBULATÓRIO DA REDE PÚBLICA DE CURITIBA

FRIEDRICH, Paula Nervino ¹; MULLER, Andrea Pires ²
Curso do(a) Estudante: Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Fisioterapia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, impactou significativamente a saúde global desde seu surgimento em dezembro de 2019. Os efeitos da doença vão além da fase aguda, com muitos pacientes apresentando sintomas persistentes conhecidos como síndrome pós-COVID-19 ou COVID longa. Esses sintomas incluem fadiga, tosse persistente, dificuldade para respirar, perda de olfato ou paladar, dores de cabeça frequentes e transtornos mentais como insônia e ansiedade. OBJETIVOS: Esse estudo visa analisar a relação entre a persistência dos sintomas respiratórios pós-COVID-19 e o uso de suporte ventilatório durante a internação hospitalar em pacientes acompanhados em um ambulatório de Curitiba. O objetivo principal é avaliar a funcionalidade, força muscular respiratória, força muscular periférica e capacidade cardiorrespiratória desses pacientes, buscando entender a extensão da perda de funcionalidade e a redução da qualidade de vida MATERIAIS E MÉTODO: A presente pesquisa se classifica como aplicada, descritiva e quantitativa, realizada no Ambulatório de COVID-19 da PUCPR. A coleta de dados incluiu anamnese, exame físico, teste de caminhada de 6 minutos, avaliação da força muscular respiratória com manovacuômetro, avaliação do pico de fluxo expiratório, dinamometria, escala de dispneia MRC, teste Timed Up and Go, teste de Barthel e questionário de qualidade de vida SF-36. Os dados foram coletados nas quintas-feiras, das 13:30 às 17:00 horas, e armazenados no sistema REDCap RESULTADOS: Os resultados demonstram uma correlação significativa entre a idade avançada e a gravidade dos sintomas respiratórios, com uma maior necessidade de suporte ventilatório em pacientes mais velhos. Homens (cerca de 48,57%) apresentaram maior prevalência de dispneia severa e maior necessidade de ventilação invasiva, enquanto mulheres (cerca de 50%) relataram mais frequentemente sintomas como fadiga. As análises estatísticas demonstraram que essas diferenças entre os grupos foram significativas (p < 0,05). Esses achados sugerem que pacientes que necessitaram de suporte ventilatório durante a fase aguda da COVID-19 têm uma probabilidade maior de experimentar sintomas respiratórios persistentes e redução na funcionalidade após a alta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo demonstrou que o uso de suporte ventilatório está significativamente associado à persistência de sintomas respiratórios, impactando negativamente a funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes. As diferenças observadas entre gêneros e faixas etárias reforçam a necessidade de abordagens personalizadas e reabilitação pulmonar contínua, visando melhorar os desfechos em pacientes pós-COVID-19

PALAVRAS-CHAVE: 1. COVID-19; 2. síndrome pós-COVID-19; 3.suporte ventilatório; 4.reabilitação; 5. qualidade de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.