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ANÁLISE TEMPORAL DO USO DE VEDOLIZUMABE NA RETOCOLITE ULCERATIVA NO BRASIL

BEIN, Maria Victoria Espindola ¹; VILLAMIL, Maria Paz Gimenez ³; KOTZE, Paulo Gustavo ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta predominantemente o cólon, manifestando-se através de diarreia sanguinolenta, urgência evacuatória e dor abdominal. A etiologia é idiopática, envolvendo uma interação complexa entre microbiota intestinal e sistema imunológico, resultando em respostas imunes anormais e inflamação mucosa. O diagnóstico é baseado em sintomas clínicos e confirmado por achados endoscópicos e histológicos. Fatores ambientais, como infecções e urbanização, são predisponentes. O tratamento clínico visa induzir e manter a remissão da doença. O vedolizumabe, um anticorpo monoclonal anti-integrina, mostrou eficácia significativa na remissão clínica e endoscópica, tendo sido incorporado no Sistema Único de Saúde em 2019. OBJETIVOS: Objetivos: Este estudo analisou a tendência de dispensação do vedolizumabe no sistema público no Brasil, investigando variações regionais e mudanças temporais, especialmente em relação ao impacto da pandemia de COVID-19. MATERIAIS E MÉTODO: Materiais e Métodos: Estudo observacional retrospectivo utilizando uma base de dados nacional (DATASUS) entre os anos de 2019 e 2023. Empregou-se a plataforma TT Disease Explorer (TechtrialsTM) para compilação dos dados. Incluiu-se no estudo todos os pacientes com um ou mais códigos CID10 ligados à RCU que utilizavam o vedolizumabe em todo território nacional. RESULTADOS: Resultados: Um total de 195.807 pacientes portadores de RCU foram identificados até o final do ano de 2023 no Brasil. A prevalência cumulativa de RCU na população brasileira aumentou ao longo dos últimos anos. A região nordeste apresentou a maior taxa de crescimento do país. Desde 2019, observou-se uma tendência nacional de aumento no uso do vedolizumabe. O crescimento anual nacional foi de aproximadamente 6,22%. A pandemia do COVID-19 teve um impacto considerável na dinâmica de dispensação do medicamento, demonstrando alteração nas porcentagens regionais pré e pós-pandemia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclusão: entre os anos de 2019 e 2023, a prevalência da RCU no Brasil aumentou significativamente. As regiões Sudeste, Sul e Nordeste, nesta ordem, concentraram a maior parte dos pacientes com a doença. Há um constante aumento no uso do vedolizumabe em âmbito nacional. No entanto, há variações regionais que revelam diferenças significativas na adoção do vedolizumabe, com o Nordeste apresentando uma constante diminuição no uso do medicamento. Influência da pandemia de COVID-19 na utilização do vedolizumabe foi observada, variando conforme as características regionais.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Retocolite Ulcerativa; 2. Vedolizumabe; 3. COVID-19

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa CNPq no programa PIBIC.