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DESINFORMAÇÃO NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2022: BOLSONARO X LULA

SANTOS, Mariana Gomes ¹; COLOMBO, Renan ²
Curso do(a) Estudante: Jornalismo – Escola de Belas Artes – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Jornalismo – Escola Belas Artes – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este trabalho buscou analisar e verificar a quantidade de boatos desmentidos pelo Projeto Comprova durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. OBJETIVOS: Objetivo geral: O objetivo geral desta pesquisa é verificar o número de boatos apontados para cada candidato, por onde eram divulgados, sua valência (entre positivo ou negativo) e a classificação do boato segundo Claire Wardle (2017). Objetivos específicos: O estudo tem três objetivos específicos: a) analisar as fake news desmentidas pelo Projeto Comprova; b) contabilizar o número de boatos de acordo com valência; e c) classificar os boatos conforme Wardle (2017). MATERIAIS E MÉTODO: Averiguamos a quantidade de boatos apontados para cada candidato, o canal principal pelo qual eles eram divulgados, e a valência com a qual eram vinculados, como positivo ou negativo. RESULTADOS: Descobrimos que, dentre os 41 boatos, a grande maioria usava recursos imagéticos, como fotos e vídeos, e eram divulgados em redes sociais que não tinham ferramentas fortes de controle de checagem de fatos, como TikTok e Kwai. Ao se tratar do político mais mencionado entre os boatos desmentidos pelo Projeto Comprova, percebemos que, além de ser o mais citado entre os candidatos de segundo turno à presidência, Lula também tinha mais menções de valência negativa do que o seu oponente, Jair Bolsonaro. Isso apresentaria o fato de que a direita brasileira seria, em sua maioria, mais propensa tanto a criar fake news quanto a consumir. Além disso, descobrimos que os autores desses boatos tendem a preferir fabricar mentiras que firam a imagem do oponente político do que favoreçam o candidato escolhido para si. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Podemos averiguar que o uso de vídeos é o mais utilizado principalmente pela facilidade de enganar usando esse meio. Em uma geração que é mais acostumada com vídeos rápidos e piadas imagéticas, é mais difícil atrair a atenção do público com falsos documentos e publicações jornalísticas do que com vídeos editados para parecerem reais.
Além disso, essa ideia da “geração dos vídeos” é também apoiada pela ideia de que redes sociais como TikTok e Kwai, que são redes de vídeos curtos e rápidos, são as mais utilizadas para compartilhar esse tipo de mentira.
Entretanto, a igualdade no gráfico entre os tipos de boatos segundo Wardle (2017) apresenta que o uso específico de algum tipo de mentira não apresenta impacto significativo o suficiente para ser considerado impactante nesta pesquisa.
Por fim, comparar as menções de Lula com as de Bolsonaro podem apresentar duas coisas. A primeira seria que pessoas mais favoráveis a apoiar Bolsonaro podem ser mais suscetíveis tanto a criar quanto a consumir esses boatos. Isso se dá porque a maioria dos boatos analisados tratavam de Lula em uma imagem negativa, o que atrairia os eleitores de seu rival político.
Por outro lado, o fato de poucos boatos com valência positiva mostram que a técnica usada para espalhar desinformação não tende a ser favorecer seu candidato favorito com as mentiras, e sim, difamar a imagem do adversário.

PALAVRAS-CHAVE: 1. fake news; 2. Lula; 3. Bolsonaro; 4. boatos; 5 Projeto Comprova.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.