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A IDENTIDADE PROFISSIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA NO CICLO CLÍNICO: DE UMA MORALIDADE AO USO INSTRUMENTAL DA PROFISSÃO

PANDINI, Giulia Karolina Sotem ¹; FRANCO, Renato Soleiman ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Desde os estágios iniciais, estudantes de Medicina passam por um processo de socialização que molda sua identidade profissional e valores, influenciando sua percepção da profissão. Ao longo do curso, confrontam dilemas éticos e a desumanização no atendimento, o que destaca a importância de uma formação que equilibre eficácia clínica e empatia. OBJETIVOS: Analisar os processos de formação da identidade profissional de estudantes de Medicina do ciclo básico (dois primeiros anos) para ciclo clínico (dois anos seguintes). MATERIAIS E MÉTODO: Realizou-se uma revisão bibliográfica abrangente e atualizada sobre a formação da identidade profissional e moral dos estudantes de Medicina, utilizando bases de dados como PubMed e Scielo. A pesquisa incluiu análises qualitativas, entrevistas narrativas e análises posicionais. RESULTADOS: Os estudantes de Medicina valorizam inicialmente a empatia e o cuidado integral, mas enfrentam ambivalências entre satisfação financeira e altruísmo, desenvolvendo soft skills e capacidade crítica. Professores e mentores são cruciais para o desenvolvimento profissional. Desafios como desumanização, comunicação ineficaz, sobrecarga de trabalho, conflito entre vida pessoal e profissional, e impacto negativo na saúde mental persistem. O desenvolvimento de soft skills, apoio de mentores e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são essenciais, enquanto a comunicação eficaz melhora a relação médico-paciente e reduz o estresse. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A formação da identidade profissional em estudantes de Medicina é uma jornada complexa que começa com idealizações humanísticas e enfrenta, ao longo dos anos, a dura realidade da prática clínica, marcada por desafios como discriminação e sobrecarga. A frustração e o desgaste emocional são exacerbados por pressões internas e externas, contribuindo para o desengajamento e a crise de identidade. Para melhorar a experiência, é crucial que as instituições de ensino promovam um ambiente saudável e equilibrado, alinhando os valores humanísticos com a realidade da profissão.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Idealização da profissão médica; 2. Identidade profissional;
3. Desengajamento moral; 4. Busca por equilíbrio; 5. Conflitos morais

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.