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APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS VALIDADOS E ORIENTAÇÕES DE HIGIENE DO SONO EM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARANDO-SE INDIVÍDUOS DO GRUPO CONTROLE E GRUPO HIGIENE DO SONO

CHAVES, Giovana Specian ¹; ANTONUCCI, Aline Vitali Da Silva ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Londrina
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A migrânea é uma dor de cabeça intensa e debilitante que afeta mais de 1 bilhão de pessoas globalmente. Seus sintomas incluem dor pulsátil geralmente unilateral e associada a incapacidade. A migrânea passa por quatro fases: pródromo, aura, fase de dor e pós-dor. Embora a higiene do sono, que envolve melhorias comportamentais e ambientais no sono, seja recomendada, há poucas evidências de sua eficácia isolada no tratamento da insônia em pacientes com migrânea. Este estudo visa demonstrar como orientações personalizadas de higiene do sono podem melhorar os parâmetros clínicos da migrânea e reduzir a incapacidade associada. OBJETIVOS: Comparar o impacto das diretrizes de higiene do sono no grupo intervenção e no grupo controle em relação à incapacidade e repercussões da enxaqueca, com base nas diferenças entre as médias dos escores obtidos no início (T0) e no final (T12) do acompanhamento. O foco é avaliar se a intervenção, junto com o tratamento tradicional, é superior ao tratamento isolado. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, controlado e não cegado, com participantes divididos em dois grupos: (1) controle e (2) higiene do sono. Foram recrutados indivíduos com migrânea, com idades entre 18 e 59 anos, atendidos no Ambulatório Acadêmico de Cefaleia da PUCPR, em Londrina-PR, Brasil. O grupo controle recebeu o tratamento convencional, enquanto o grupo higiene do sono recebeu orientações personalizadas para melhorar a qualidade do sono. As avaliações foram feitas no início (T0) e após 12 semanas (T12) através de uma entrevista estruturada e questionários autoaplicáveis, como Migraine Disability Assessment (MIDAS), Headache Impact Test 6 (HIT-6), Allodynia Symptom Checklist (ASC-12), Generalized Anxiety Disorder 7-item (GAD-7), Inventário de Depressão de Beck (IDB), Índice de Gravidade da Insônia (IGI) e Escala de Sonolência de Epworth (ESE). RESULTADOS: O acompanhamento de 12 semanas envolveu 20 participantes (9 no grupo controle e 11 no grupo de higiene do sono), com características comparáveis. No grupo controle, não houve diferenças significativas em incapacidade, dor, ansiedade, depressão e sonolência. O grupo Sono mostrou tendência de melhora em alguns parâmetros, com mudanças significativas em ansiedade, depressão e insônia, mas sem diferenças estatísticas significativas entre os grupos, possivelmente devido ao tamanho da amostra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de não haver mudanças significativas na maioria das variáveis, a higiene do sono continua sendo recomendada, mas mais pesquisas com amostras maiores são necessárias para entender melhor seu impacto na migrânea.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Migrânea; 2. Higiene do sono; 3. Cefaleia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.