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AVALIAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE DE PRÓTESE BIOLÓGICA EM POSIÇÃO MITRAL DE ETIOLOGIA REUMÁTICA

ZONATTO, Clara Helena ¹; FARIAS, Fabio Rocha ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A febre reumática é a principal etiologia das doenças valvares no Brasil, assim como nos demais países em desenvolvimento, estando fortemente associada a condições de higiene precárias e baixo nível socioeconômico da população. Dados de saúde pública brasileiros estimaram que a DCR seja responsável por cerca de 50% de todas as cirurgias valvares realizadas no SUS. Compreendendo a prótese valvar como o procedimento padrão a ser realizado em casos de DCR e a gravidade da enfermidade e de suas complicações, entende-se como sendo de extrema importância o estudo acerca da eficácia das próteses utilizadas atualmente. OBJETIVOS: Avaliar as características clínicas e hemodinâmicas dos pacientes com doença valvar de etiologia reumática e não reumática, submetidos a implante de próteses biológicas em posição mitral, de acordo com revisão sistemática em bases de dados. MATERIAIS E MÉTODO: O atual estudo trata-se de uma revisão sistemática, a qual teve literatura extraída da base de dados PubMed durante o mês de julho de 2024. Os descritores utilizados foram: (“Rheumatic Diseases”[MeSH Terms] OR “Rheumatic Fever”[MeSH Terms]) AND (“Bioprosthesis”[All Fields] OR “Biological Prosthesis”[All Fields] OR “Mitral prosthesis”[All Fields]). RESULTADOS: . A regurgitação paravalvular é uma importante complicação da cirurgia valvar. A comparação entre dois estudos mostrou, de acordo com a realização de ecocardiograma transesofágico pós-operatório, que entre 5 e 8% dos apresentaram-se com essa complicação. A necessidade de reoperação tardia aplicou-se a 28% dos pacientes, com um período médio de 7,6 anos para a reintervenção. A deterioração estrutural foi responsável pelo explante em 23, ou 21%, dos pacientes inicialmente submetidos à prótese biológica em um estudo. Ainda, foi possível fazer uma análise do desfecho mais trágico: o óbito. A taxa de mortalidade intra-hospitalar foi de 10%, sendo as principais causas relacionadas sepse e choque cardiogênico, seguidas de ruptura de anel mitral, ruptura miocárdica e isquemia mesentérica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Especificamente quanto aos pacientes do estudo – pacientes reumáticos que realizaram cirurgia de troca valvar biológica em posição mitral -, aqueles acima de 65 anos, que tenham como preferência a bioprótese, que tenham contraindicação à anticoagulação a longo termo ou que tenham acesso a facilidades médicas limitado ou inabilidade de regular a medicação anticoagulante são os principais candidatos a terem como primeira opção a válvula biológica. O estudo reforça a continuidade da pesquisa acerca do assunto, visando aumentar a literatura sobre o assunto, que engloba uma das doenças com maior taxa de morbimortalidade dentre as doenças cardíacas em todo o mundo. Portanto, com um maior estudo a respeito do tratamento da DCR e de suas complicações, se tornará possível refinar o tratamento e realizar uma prevenção ainda mais assertiva de desfechos pós-operatórios indesejados.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Prótese biológica; 2. Prótese mitral; 3. Troca valvar; 4. Implante de válvula cardíaca; 5 Febre reumática.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.