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IMPRENSA PARANAENSE E REPRESENTAÇÕES SOBRE A MULHER NA SEGUNDA METADE DO SECULO XX (1963/1965)

TEIXEIRA, Livia Moraes ¹; CORREA, Rosa Lydia Teixeira ²
Curso do(a) Estudante: História – Licenciatura – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Pedagogia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A pesquisa é continuidade da que foi desenvolvida sobre a primeira metade do século XX e abrange os anos de 1963 e 1964. Naquele estudo e neste, trabalhamos com representações sobre a mulher obtidas por meio do Jornal Dário da Tarde, periódico de grande circulação no estado do Paraná, de cunho conservador, fundado por Estácio Correia, que circulou em Curitiba de 1899 a 1975. Por ser o primeiro jornal Paranaense, foi um veículo importante de informação, transmissão cultural, modos de sociabilidade e da vida política do Paraná (WOITOWICZ, 2015). Os modos de representações sobre as mulheres não apenas traduzem uma concepção sobre o feminino como também deixam subjacente uma compreensão educativa de cunho assistemático sobre a mulher. Anteveem papéis, funções e lugares sociais a serem cumpridos e ocupados pela mulher não somente nos grupos nos quais estiveram inseridas, mas também o que deveriam ser na sociedade local e nacional. OBJETIVOS: revisão de literatura; analisar matérias jornalísticas obtidas do jornal Diário da Tarde, cujo conteúdo versa sobre a mulher, para saber sobre representações construídas sobre ela na segunda metade do século XX no Paraná. MATERIAIS E MÉTODO: Os dados foram coletados na Hemeroteca Digital brasileira. RESULTADOS: Foram lidos dois trabalhos, sendo um sobre velhos jornais, no qual a autora reflete sobre os usos de jornais antigos para a compressão das sociedades urbanas no Brasil dos séculos XIX e XX. Além disso, ela analisa os aspectos teóricos-metodológicos que devem ser cuidados por parte daqueles que fazem usos desse tipo de fonte na História da Educação. Foi também realizada a leitura de Chartier (1990), onde o autor discorre sobre o que estende por representações e a sua relação com a história cultural. Contribui para entendermos, como em diferentes lugares, uma certa realidade é dada a ler, por meio de como os grupos sociais a representam, ou seja, pensam e agem sobre ela. Foram capturados dados das edições do jornal Diário da Tarde do ano de 1963, não sendo possível acessar os do jornal Gazeta do Povo como estava previsto em razão do processo de lentidão na recolha dos dados do ano de 1963 e 1964. O processo de trabalho com o Jornal Diário da Tarde, resultou profícuo no acesso a 296 edições. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Jornal, no conjunto das edições pesquisadas nesses dois anos, parece ter se consolidado como masculino, não somente pelo fato de ter sido escrito, editado por homens, mas por reservar pouquíssimos espaços para a figura feminina. São sobretudo atrizes internacionais que constam nas primeiras páginas do jornal, praticamente de modo sequenciado. Não há espaço para a mulher brasileira de teatro, para a poetisa, para a cantora, apenas uma matéria sobre a professora Cecilia Westphalen e um anúncio de uma médica nos dois anos de edição pesquisados.

PALAVRAS-CHAVE: 1. Imprensa; 2. Diário da Tarde; 3. Representações;

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa Fundação Araucária no programa PIBIC.