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TRATAMENTOS ALTERNATIVOS PARA LESÕES EM TENDÕES DE AQUILES COM CÉLULAS-TRONCO

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os distúrbios tendíneos são doenças de elevado impacto socioeconômico, que podem afetar e incapacitar até 2% da população adulta jovem economicamente ativa. Entre os mais acometidos, o tendão de Aquiles se destaca por apresentar um baixo potencial de cicatrização, o que se deve a sua pobre vascularização e incapacidade de remodelamento tecidual. Adicionalmente, constata-se que as terapias atuais, tanto clínicas como cirúrgicas, possuem baixo índice de sucesso, tornando o tratamento da tendinite de Aquiles um verdadeiro desafio na prática médica atual. Diante disso, surgem terapias alternativas, entre elas o uso de células-tronco mesenquimais, capazes de se diferenciar em tecidos musculares e que demonstram resultados promissores na terapêutica de diversos distúrbios de cicatrização tanto tendínea, como de outros tecidos, como o miocárdio. – OBJETIVOS: Avaliar o efeito do uso das células tronco mononucleares (CT) na cicatrização de lesões tendíneas em membros inferiores de ratos, comparando o grupo submetido ao uso destes componente e o grupo controle, submetido à infiltração salina. – MATERIAIS E MÉTODO: Serão utilizados 27 ratos Wistar machos, nos quais será induzida a lesão de tendão de Aquiles em ambas asa patas traseiras. Os animais serão divididos em dois grupos, a saber, o grupo controle (C), que receberá tratamento com solução salina no local da lesão, e o grupo que receberá tratamento local com células-tronco (CT). As células-tronco serão obtidas previamente nos animais selecionados por meio da punção da crista ilíaca para realização de aspirado de medula óssea. A avaliação dos tendões será realizada por meio da histomorfometria, que indicará o grau de organização das fibras colágenas, e da imunohistoquímica, que será capaz de avaliar presença de marcadores anti-inflamatórios, pró-remodelamento e pró-cicatrização. – RESULTADOS: Realizada avaliação histológica segundo seis parâmetros, entre eles linearidade da estrutura das fibras colágenas, forma dos tenócitos, densidade de tenócitos, inflamação, hemorragia e espessura do epitendão. A soma das notas variando de 1 (mudanças significativas) a 4 (normal) para cada parâmetro resulta no escore final que teve uma média de 13,6 no grupo célula-tronco e 14,2 no grupo controle. A densidade de fibras colágenas foi avaliada através da seguinte fórmula: % de fibras reticulares (colágeno tipo I e III) = somatório de áreas com a mesma densidade (coradas com o Picrosirius Red) no campo 10 X/ área transversal do tendão X 100. O grupo controle teve uma média de 88,27 % de colágeno tipo I e 11,56% de colágeno tipo III, enquanto o grupo célula-tronco tem uma média de 89,33% de colágeno tipo I e 10,50% de colágeno tipo III. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados sugerem que as células tronco podem auxiliar na recuperação das tendinites agudas, por apresentarem maior porcentagem de fibras colágenos tipo I com maior resistência tecidual.

PALAVRAS-CHAVE:

Tendinopatia; Tendinite; Tendão Calcâneo; Tendão de Aquiles; Células-Tronco mesenquimais;.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão Oral:
(O8.4) PIBIC Master – Ciências da Saúde – MED, BIOTEC : 27/10 – 08h30 – 10h00 – Auditório – Mario de Abreu
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR no programa PIBIC Master
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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