OS GUARANI E A TEKOHÁ: O LUGAR ONDE SOMOS O QUE SOMOS

INTRODUÇÃO: Este relatório final diz respeito ao trabalho de iniciação científica desenvolvido a partir do projeto de pesquisa “Os Guarani e a Tekohá: o lugar onde somos o que somos”. – OBJETIVOS: O projeto possui como objetivos a compreensão da realidade e diversidade guarani e de seu vínculo íntimo e particular com a terra, a assimilando como algo que transpassa o espaço físico e é regente de múltiplos sistemas e aspectos fundamentais da cultura. Visa ainda repensar a racionalidade moderna, sob a qual se constituem as sociedades nacionais e seu abissal impacto na relação não exploradora e não capitalista das sociedades tradicionais com a natureza. – MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, foram discutidas questões como o afastamento dos povos de suas terras, que urgem por demarcações, bem como a interferência das sociedades nacionais na relação não exploradora que os povos indígenas possuem com a natureza – responsável por alterar de maneira profunda o modo de vida e os comportamentos socioculturais dessas sociedades tradicionais. O relatório versa sobre a questão Guarani e a territorialidade e abrange também, de forma breve, o papel do Direito nascente nos consequentes desdobramentos dessa. É, portanto, uma breve síntese sobre a relação umbilical do indígena com a terra, particularmente do povo Guarani com a sua tekoha – o lugar onde são o que são. Realizada através da metodologia de revisão bibliográfica. – RESULTADOS: a pesquisa possibilitou concluir que os povos Guarani existem porque resistem. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em um processo de reinvenção constante, sobrevivem à violência de séculos, aos abusos, opressões e apropriações, à um sistema que incessantemente tenta destitui-los de sua identidade e, acima de tudo, de sua terra. Existindo, desafiam a ideia de que progresso significa deixar de ser Guarani.