INTRODUÇÃO: Muitas pessoas saem de seus países em busca de melhores condições de vida, isso geralmente ocorre, porque eram perseguidos por questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, além da violação dos direitos humanos em seu país. Entretanto, nem sempre encontram situações dignas para se manterem no país e, por isso, se submetem a condições de trabalhos desumanas. – OBJETIVOS: O foco dessa pesquisa se dá pelo aprofundamento nos estudos das condições de trabalho oferecidas a imigrantes estrangeiros, diante da indústria da moda, num grande centro comercial do Brasil, São Paulo capital, e levantamento de notícias e informações divulgadas por portais e meios do ambiente digital. – MATERIAIS E MÉTODO: Foram usados como base para pesquisa os dados e conceitos da plataforma brasileira Moda Livre que disponibiliza informações sobre empresas presentes no país; Repórter Brasil que registra informações sobre trabalho escravo no Brasil; Secretaria do Trabalho assim como no Radar SIT; na Escola Nacional da Inspeção do Trabalho; Organização Internacional do Trabalho – OIT – entre outros; como Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR – Organização Internacional para as Migrações – OIM – Fundo Monetário Internacional – FMI – UNESCO; Banco Mundial. – RESULTADOS: Entre os anos 1995 a 2022,a cidade de São Paulo apresenta uma maior ocorrência de casos de trabalho escravo, tanto no sexo feminino quanto masculino, na atividade de costureiros. A partir destes dados, cerca de 60% dos casos de trabalho escravo na capital paulista estão ligados à indústria da moda. De acordo com cartilha publicada pela Organização Internacional de Migração em conjunto com ACNUR e Organização Internacional do Trabalho, os casos ficam ainda piores quando estamos tratando de imigrantes, por muitas vezes, sendo imigrantes ilegais no país, eles, com medo de serem denunciados e em conjunto com recursos financeiros muito limitados, se sujeitam a trabalhos degradantes, onde não são pagos de maneira justa, isso além dos abusos físicos e psicológicos a que se submetem. A publicidade constante em diversos canais de comunicação, fez a Geração Z entrar num hábito de consumismo. É comum entrar em alguma das redes sociais como Instagram e Tiktok e se deparar com um vídeo intitulado como “recebidos da Shein”. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa pesquisa permitiu identificar situações degradantes no ambiente de trabalho, baixos salários e jornadas longas e em locais inapropriados para a atividade profissional . O trabalho análogo a escravidão não se limita a restrições ou ausência de liberdade, mas também às condições degradantes do ambiente de trabalho, baixos salários e jornadas longas. Portanto, considerando as decisões tomadas durante os últimos anos de governo, como a retirada de recursos do Ministério do Trabalho, a fraca legislação sobre o meio ambiente, a negligência na fiscalização da mão de obra, o corte da verba em 95% para o combate ao trabalho análogo a escravidão, contribuiu significativamente para o aumento do trabalho análogo à escravidão na cidade de São Paulo.