INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, têm sido feitas cada vez mais pesquisas para encontrar tratamentos alternativos para tumores. Esse é o caso do vanadato de prata, que demonstra potencial como agente inibitório da angiogênese, o que consiste no crescimento de novos vasos sanguíneos. Sua ação no tratamento do câncer vem progressivamente sendo reconhecida, com estudos que exploram seus efeitos em diversas linhagens de tumores, principalmente seu efeito no metabolismo celular, o qual leva desde a parada do crescimento à indução apoptótica. Pesquisadores vêm estudando a sua capacidade no tratamento de variados tumores, sendo alguns deles o câncer de mama humano, de próstata, de pulmão, de cólon e de tireoide. Suas partículas estão implicadas na inibição do crescimento celular, danos à membrana, produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), disfunção mitocondrial, dano ao DNA, indução de apoptose e inibição da angiogênese. Sendo assim, acredita-se na possibilidade de que o vanadato tenha efeito antiangiogênico. – OBJETIVOS: Identificar e avaliar os efeitos do vanadato de prata na CAM dos embriões de galinha em relação aos vasos sanguíneos. – MATERIAIS E MÉTODO: O estudo foi realizado tendo como modelo a membrana corioalantoica (CAM) de embrião de galinha onde foi possível avaliar a ação do vanadato de prata durante o desenvolvimento do embrião. Os ovos são colocados em uma chocadeira por sete dias e então retirados para realizar uma pequena abertura na região abaxial. A membrana opaca é removida dando acesso à CAM, onde a droga foi depositada. A abertura foi fechada com fita adesiva e os ovos voltaram para chocadeira por mais sete dias. No 14º dia no experimento é encerrado. São feitas fotografias da CAM, e coletadas amostras para análises posteriores. As fotografias da CAM são utilizadas para a contagem de vasos, e avaliação dos efeitos do composto. – RESULTADOS: Diante dos resultados apresentados, observou-se que o vanadato de prata foi anti-angiogênico entre 0,1 a 5, 25 e 35 µg/mL enquanto que, na concentração de 15 µg/mL mostrou-se angiogênico. Em testes preliminares com células tumorais NB, não houve morte celular. Os embriões viáveis tiveram um desenvolvimento adequado ao longo do experimento e sobreviveram mesmo com os efeitos anti-angiogênicos na CAM. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mais estudos devem ser conduzidos para melhor avaliar a capacidade como inibidor de angiogênese do vanadato de prata.