INTRODUÇÃO: Com a crescente demanda por leite, intensificação da produção e extensa dificuldade de contratação e manutenção da mão de obra, a adoção de sistemas de ordenha robotizada pode ser uma alternativa para os produtores, tanto para si próprios, quanto para a atração de colaboradores. Mas, por se tratar de atividade com elevados investimentos, é necessário avaliar a viabilidade econômica desta alternativa, especialmente em rebanhos de menor porte. – OBJETIVOS: Definir os parâmetros zootécnicos e os parâmetros financeiros que podem ser utilizados para a avaliação da eficiência zootécnica e econômica de rebanhos com sistemas de ordenha robotizada, em condições usuais no Brasil; Avaliar o desempenho da Leiteria da FEGA, de acordo com as informações disponibilizadas pela Instituição, em diferentes fontes (controles administrativos da FEGA, software de gerenciamento da ordenha, planilhas de controle do rebanho e controle leiteiro realizado pela APCBRH) e sua comparação com informações de literatura. – MATERIAIS E MÉTODO: Todas as informações financeiras de receitas, custos e despesas foram coletadas manualmente, junto à Administração da FEGA, por meio de coleta de dados apresentados em notas fiscais de compra de insumos e serviços e em notas de venda do leite cru refrigerado e de venda de animais. Resultados de desempenho zootécnico foram obtidos diretamente do Controle Leiteiro e alguns do sistema de ordenha robotizada. – RESULTADOS: A produção média diária foi de 1.753 e 1.960 L/robô/dia, respectivamente para 2020 e 2021. A produtividade média por vaca foi de 9.820 e 10.386 L/lactação nos dois anos estudados; com média ajustada para 4% de gordura e idade de 36,8 e 37,1 kg/vaca/dia, respectivamente em 2020 e 2021. As receitas brutas obtidas com a venda de leite e de animais foram de R$ 960.851,64 e R$ 1.186.132,28, respectivamente para 2020 e 2021. Por sua vez, os custos dos itens levantados foram de R$ 922.210,79 e R$ 1.142.710,19 para os mesmos períodos. Portanto, os saldos finais observados foram de R$ 38.640,85 e R$ 43.422,10, respectivamente. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os principais parâmetros para se avaliar o desempenho zootécnico da Leiteria da FEGA são a produtividade individual dos animais (L leite/vaca/dia), a produtividade por robô (L leite/robô/dia), a produtividade por pessoa dedicada ao serviço (L leite/pessoa/dia, que não foi apurado neste estudo), além dos parâmetros de composição do leite, desempenho à ordenha (também não compilados). Para os parâmetros financeiros, é importante monitorar o fluxo de caixa, o fluxo de caixa projetado (não realizado pela FEGA) e, como avaliação da viabilidade do investimento no SOR, o VPL, a TIR e o payback. Estes parâmetros são de vital importância, tanto internamente, para a Universidade, quanto para o aspecto acadêmico, de formação de estudantes. Mas, todos estes índices financeiros precisam ser implementados e, os que já estão sendo, aprimorados com a inclusão dos demais itens de custo de produção.