INTRODUÇÃO: A produção olerícola e de forrageiras são importantes no Brasil. As plantas daninhas impactam negativamente os cultivos agrícolas, sendo frequentemente tratadas com herbicidas. A toxicidade de moléculas de agrotóxicos pode desencadear problemas de saúde. Uma alternativa para o controle de plantas daninhas são moléculas seletivas pré e pós emergentes, como óleos essenciais, com capacidade de matar apenas as plantas infestantes. Óleos de plantas bioativas com potencial, como Cyperus esculentus (tiririca), Cymbopogon citratus (capim limão), e hidrolato de Tanacetum vulgare (catinga de mulata), são relatadas no controle de várias plantas daninhas. – OBJETIVOS: O objetivo geral desta pesquisa foi buscar alternativas para o linurom, através de testes com outras moléculas herbicidas e prospecção de novas moléculas. – MATERIAIS E MÉTODO: Na etapa 1 foi realizada a extração das substâncias ativas de tiririca por destilação e em maceração em ácido acético, aplicando 6 tratamentos em pré emergência de diferentes plantas daninhas em solo. Aos 15 dias analisou-se o peso seco das plantas daninhas. Na etapa 2 foi feita extração do óleo de capim limão, aplicado a campo em pré emergência na aveia preta e plantas daninhas. Aos 15 dias realizou-se análise fitossociológica das plantas daninhas e da aveia preta. Aos 50 dias foram coletadas e pesadas amostras de aveia preta e plantas daninhas, cujo peso fresco foi medido e após secagem por 72 horas o peso seco foi medido. Realizou-se Germitestes com aplicação do óleo de capim limão, em três porcentagens e duas testemunhas em sementes de nabo forrageiro. Após 7 dias de incubação contabilizou-se a germinação das sementes. Na etapa 3 realizou-se a extração do hidrolato de Tanacetum vulgare o qual depois foi aplicado em ensaio Germiteste, com uma concentração e uma testemunha. Após 7 dias de incubação contabilizou-se a germinação das sementes. – RESULTADOS: Como principal resultado da etapa 1verificou-se que a aplicação de ácido acético puro controlou a nabiça no T2 e o óleo de tiririca no T6. O número de plantas de tiririca não reduziu em nenhum dos tratamentos. O peso seco de tiririca diminuiu nos tratamentos T3, T4 e T5. O peso seco de nabiça diminuiu tanto no tratamento T2 como T6, mostrando que o vinagre sem a presença dos compostos de tiririca foi fitotóxico. Na etapa 2 o óleo de capim limão controlou satisfatoriamente todas as plantas daninhas, exceto a aveia preta. Porém, na erva de bicho, erva de jacaré, nabiça e serralha o número de plantas daninhas presentes foi muito baixa impossibilitando conclusões a seu respeito. Na etapa 3 a aplicação de óleo de capim limão apresentou 100% de controle da germinação do nabo forrageiro, enquanto o hidrolato de Tanacetum vulgare controlou em média 14%. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode se concluir que o óleo de capim limão possui potencial herbicida, pois reduziu em 100% a germinação de nabo forrageiro e diminuiu o peso das plantas daninhas no ensaio a campo, no entanto não afetou o peso da aveia preta mostrando seletividade para esta cultura. O ácido acético influenciou a diminuição de plantas de nabiça, mesmo na ausência das substâncias ativas de Tiririca (Cyperus sp.).