INTRODUÇÃO: Como sugerem Foucault e Deleuze, controle é poder e, atualmente, por meio da tecnologia, o domínio tem se intensificado sem apresentar grande resistência. Um exemplo disso é o Big Data, que opera a partir da noção de Data Exhaust – o colonialismo de dados (COULDRY, 2019; MEJIAS, 2019) – que segue a lógica do colonialismo histórico, ou seja, a partir da apropriação de recursos, evolução desigual de relações socioeconômicas, distribuição desigual dos benefícios e disseminação de falsas ideologias, explorando o “insumo” humano e lucrando com a distribuição dessa matéria-prima a outros indivíduos. – OBJETIVOS: Assim, a pesquisa busca descobrir como as ações desenvolvidas por ativistas digitais exercem resistência e como se relacionam com a coletividade, a sociabilidade, o convívio, o encontro e o diferente, trazendo para o campo da política, em especial das políticas urbanas, a resolução de problemas e conflitos urbanos por meio da apropriação de aparatos tecnológicos. – MATERIAIS E MÉTODO: De modo a analisar este contexto de poder e resistência, o conteúdo se dividiu em duas fases, na etapa inicial, o objetivo foi compreender o estado da arte por meio da leitura de diversos artigos, periódicos e textos relacionados ao título do trabalho, com discussões em grupo em parceria a outra pesquisa relacionada. Em sequência, a segunda etapa buscou revisar sistematicamente a bibliometria correspondente as questões de cada trabalho com a aplicação de strings de pesquisa e filtros de inclusão/exclusão. – RESULTADOS: Como resultado foi reconhecida a importância da limitação do uso de dados retirados das tecnologias de informação, além da presença de manifestações ativistas entre o mundo virtual e real derivadas tanto de assuntos relacionados a esse estudo quanto a questões provocadas pelo colonialismo de dados, como a gentrificação virtual. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudos encontrados como parte da bibliometria reforçam a positividade do impacto das ações de ativistas digitais para a implantação de um novo pensamento crítico. Refletir sobre a cidade de forma descentralizada, revelando a periferia, os espaços cinzentos e as margens da sociedade de forma humanitária contribui para a identificação dos subalternos. E essa reflexão só é possível por meio da divulgação de estudos relacionados, ou, ainda, das ações de grupos ativistas que se utilizam de tecnologias digitais para reconhecimento daquilo que ninguém se preocupa em observar.