Logo PUCPR

ASCENÇÃO SOCIAL E PROJETO DE VIDA: A EXPRESSÃO DO RACISMO NA CULTURA BRASILEIRA DO SÉCULO XXI

RESUMO

INTRODUÇÃO: A presente pesquisa ampara-se pela necessidade de aprofundamento teórico desta questão a partir de uma análise que vá a raiz das relações sociais estabelecidas de maneira histórica no contexto capitalista e abarque as alterações promovidas pelo avanço do capital enquanto relação social de produção dominante. REVISÃO DE LITERATURA: Ao longo do século XIX e início do século XX, seja em maior ou menor grau, a economia criada nas nações latino-americanas se caracteriza como exportadora, a mais-valia aqui produzida é, em partes, transferida aos países centrais por meio dos preços adotados no mercado mundial. Este processo associativo entre capital nacional e internacional, para além de configurar-se enquanto uma nova dinâmica econômica-social e que representa uma nova divisão internacional do trabalho, consolida de maneira definitiva a dependência. a compensação da queda de lucro nos países periféricos se dá por meio da intensificação do processo produtivo, que junto do objetivo imediato em atingir maiores taxas de lucro e intensificado pelo atraso do modo de produção, implica na superexploração do trabalho. O processo de inserção do negro na sociedade e no mercado de trabalho enquanto dotado de especificidades que qualificam a opressão racial no país. Em um primeiro momento, há a fase de ocupação e instalação violenta da dominação, fortemente marcada pela desumanização do colonizado e que promove a mumificação cultural e do pensamento individual. – OBJETIVOS: Discutir a expressão do racismo na cultura nacional. – MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa de caráter bibliográfico, como um trabalho empreendido com base em produções e conhecimentos disponíveis e que parte de bibliografia variada. – RESULTADOS: No Brasil pós abolição há um processo ideológico de mascaramento da realidade com fim em manter a sujeição de classes, assegurando que a parcela oprimida permaneça em seu devido espaço social, naturalizando e reforça a divisão racial do trabalho, atuando de maneira velada e perpetuando o racismo enquanto elemento institucionalizado. A saída, de acordo com Fanon, se dá pelos extremos, ora pela adesão ao sistema, imergindo na cultura em um movimento capaz de potencializar a consciência acerca do racismo, ora pela negação total de seu próprio sistema. Pautada pela democracia racial, o racismo se expressa na cultura brasileira de modo velado e presente nas mais diversas esferas da vida, fazendo com que o negro tenha sua singularidade recusada, ao passo que o individualismo é reforçado e defendido por meio da ideologia meritocrática enquanto único meio de se obter ascensão social. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para os negros a humanidade, mesmo que nos termos estreitos da burguesia, é impossível de ser alcançada no mundo capital, sua emancipação política é uma impossibilidade, só lhe resta a emancipação humana enquanto saída para sua condição de exploração e opressão.

PALAVRAS-CHAVE:

racismo; decolonialismo; ascenção social; projoto de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão Oral:
(O6.5) PIBIC – Projeto Humanismos, identidade e valores – DIRh : 26/10 – 14h00 – 16h00 – Auditório – Brasilio
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

Compartilhe

Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email