INTRODUÇÃO: O acesso ao saneamento básico além de ser um direito assegurado constitucionalmente a todos os cidadãos, é uma condição fundamental para o desenvolvimento do país e de seus habitantes, visto que, quando os serviços de saneamento são efetivamente prestados, acabam por prevenir doenças, promovendo a saúde, melhorando a qualidade de vida e possibilitando o desenvolvimento social e econômico da população. Porém, no Brasil o acesso ao saneamento básico não é realidade para cerca de 50% da população, isso posto, é extremamente necessário que seja estudado quais impactos essa omissão estatal causa em setores fundamentais, como saúde pública e desenvolvimento socioeconômico. – OBJETIVOS: Com essa pesquisa, busca-se verificar como o acesso ao saneamento básico no Brasil gera interferências em saúde pública e desenvolvimento socioeconômico e quais as possíveis soluções para essa problemática. – MATERIAIS E MÉTODO: Utilizou-se revisão bibliográfica e dados oficiais sobre o tema a fim de analisar como o acesso aos serviços de saneamento básico interferem em saúde pública e no desenvolvimento social e econômico da população. As fontes utilizadas para coleta de dados foram a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB – IBGE), Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e Instituto Trata Brasil, além de artigos retirados da Scielo e Google Acadêmico. – RESULTADOS: Apesar da problemática ser tema recorrente de estudos e projetos de lei, como por exemplo, o Novo Marco do Saneamento Básico, o do acesso a esses serviços ainda é deficiente para quase metade da população brasileira e é perceptível que essa ausência de investimentos para o oferecimento de tais serviços básicos, atinge principalmente a população mais carente de recursos financeiros e que estão mais expostas a diversas vulnerabilidades. Desse modo, a falta de saneamento básico atinge duramente o setor da saúde pública e não permite que essa expressiva parcela da população possa se desenvolver em outros setores, como o econômico e o social. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: De modo geral, após analisar os dados oficiais, pode-se afirmar com segurança que o acesso ao saneamento básico no Brasil traz muitas interferências em saúde pública e no desenvolvimento socioeconômico para a população. Em regiões com menor índice de acesso aos serviços de saneamento, a comunidade fica mais expostas a doenças e tem menores chances de se desenvolver economicamente e socialmente, posto que, quando não se tem acesso ao saneamento, a qualidade de vida diminui consideravelmente, interferindo em setores de saúde, educação e mercado de trabalho.