INTRODUÇÃO: A questão proposta neste projeto foi discutir a crescente violência intrafamiliar (particularmente violência contra a mulher) nesse tempo de confinamento pandêmico e o papel que as religiões desempenham podendo reacender a esperança de um porvir melhor e apontar o sentido para o contexto da pandemia ou em seguimentos patriarcais e fundamentalistas, conduzirem a comportamentos descomprometidos com a proteção dos direitos humanos. – OBJETIVOS: Identificar as imagens de Deus (metáforas) recorrentes no contexto pandêmico, analisando até que ponto elas podem ser mais coerentes quando se busca o sentido da vida, da dor, do sofrimento, especialmente nas violências sofridas pelas mulheres e esclarecer como a espiritualidade pode ser um elemento de resistência e impulsionador de uma nova vida. – MATERIAIS E MÉTODO: O principal método utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa foi o indutivo e a metodologia bibliográfica, aplicada com análise de conteúdo, procurando responder aos objetivos propostos. – RESULTADOS: Constatou-se que a pandemia evidenciou aspectos desumanizadores, que precisam ser combatidos e expostos. Todo e qualquer ato violento, não expressa uma espiritualidade autentica, porque a razão de ser das religiões e espiritualidades é o bem estar do mundo que circunda toda humanidade – casa comum. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A temática Religião e Pandemia foi muito desafiadora e proporcionou um novo olhar sobre a sociedade, principalmente no que se refere ao universo feminino. A violência contra as mulheres é uma problemática complexa que exige a atuação de diversas esferas da sociedade civil e as instituições religiosas podem vir a ser protetoras ou co-responsáveis (e responsáveis) por atos de violência praticados. Por fim, após atravessar um cenário pandêmico mais agudo e agora estar num estágio mais brando, demonstra o desnudamento provocado pela COVID-19 e os grandes desafios a serem empreendidos, principalmente ao que diz respeito à dignidade e promoção humana.