INTRODUÇÃO: O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista entrou em vigor a partir do DSM-5 em 2013, o que trouxe a comunidade e aos pais das crianças, um novo diagnóstico. Frente a isso, esta pesquisa se propõe a responder sobre como esses pais têm lidado com esse novo diagnóstico e como eles têm percorrido esse processo diagnóstico, uma vez que agora estes pais e a comunidade como toda começou a ter contato com o termo TEA e o que isso representa e significa. – OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa é analisar os sentimentos dos pais sobre o processo de avaliação e diagnóstico de TEA. – MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida nas seguintes etapas:1) Visita à instituição parceira que atende crianças com TEA; 2) Organização do instrumento de pesquisa: Foi organizado um questionário com questões relacionadas ao histórico da avaliação e diagnóstico da criança, sentimentos dos pais, dúvidas surgidas ao longo do processo, escolhas consideradas acertadas e que se mostraram inefetivas, ganhos e perdas. 3) Organização do protocolo de pesquisa e envio ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos; 4) Realização da pesquisa. – RESULTADOS: Foram coletados os questionários respondidos de oito mães entre 32 e 46 anos. Destas oito crianças, sete sexo do sexo masculino e uma do sexo feminino. Das oito participantes, sete relataram ter pelo menos mais um filho e dessas, uma apresenta ter mais de um filho autista. 62,5% das mães, relataram ter sido o médico a primeira pessoa que observou os primeiros sinais de TEA, enquanto 25% foi a própria mãe e 12,5% o pai. Foram coletados dados acerca do intervalo de tempo entre os primeiros sinais e o diagnóstico, constatando que o menor tempo foi de dois meses e o maior de dois anos e dois meses. Os relatos indicam que todas as crianças tiveram dificuldade em comunicação, sendo dificuldade na fala a resposta mais frequente, seja por parar de falar, não falar ou balbuciar com idade inadequada. Dos resultados também foi possível constatar relações sobre a projeções futuros em relação ao respeito que criança terá e quis as dificuldades e alterações sociais e comportamentais da criança. Desta forma, foi possível levantar dados acerca da percepção dos pais de crianças TEA, atendendo a como estas mães perceberam e lidaram com o processo diagnóstico, suas percepções atuais sobre a criança e suas projeções futuras acerca de seus filhos(as) se desenvolveram e como a sociedade poderá responder a eles. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível concluir que os pais de crianças autistas merecem receber atenção e foco de intervenção, uma vez que eles também fazem parte do processo e se preocupam com as questões que dizem respeito a interações com a sociedade e a família, que o diagnóstico pode trazer. Assim é importante que se atente em intervir com estas mães a fim de auxiliá-las a lidar com seus sentimentos.
