INTRODUÇÃO: A teoria moral skinneriana defende ser possível enfrentar problemas de ordem social por meio de uma tecnologia comportamental e, com isso, seria possível planejar contingências que favorecessem a sobrevivência das culturas e em última instância a sobrevivência da humanidade. Nesse sentido, convém analisar a influência do Pragmatismo sobre o sistema ético skinneriano, bem como possíveis implicações morais e políticas, para uma defesa dos direitos humanos pelo viés comportamentalista e contextualista, em contraposição a noções essencialistas e individualistas. – OBJETIVOS: A presente pesquisa se propôs a uma investigação teórico-conceitual que objetivou analisar como o sistema ético skinneriano, marcado pela visão pluralista e pragmatista de homem, pode contribuir para fortalecimento da defesa e garantia dos direitos humanos fundamentais. – MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo teórico-conceitual, que se utilizou da revisão bibliográfica. Esta revisão ocorreu por meio da análise de textos skinnerianos e de comentadores nacionais e internacionais que discutem a relação entre Behaviorismo Radical e Pragmatismo e implicações dessa relação para os fundamentos do projeto moral e social de Skinner. – RESULTADOS: Encontrou-se aproximações entre o behaviorismo radical de skinner e o pragmatismo, a saber: concepção de homem, crítica ao modelo absolutista e imutável, noção de utilidade/efetividade como critério de verdade e norteador para problemáticas humanas. Ademais, houve correlação entre a ética skinneriana e os direitos humanos, no que se refere: alternativa à visão essencialista e individualista; homem dinâmico e, portanto, passível de mudanças; inclusão de fatores sociais como parte importante para compreensão do indivíduo; educação para a sensibilidade; sobrevivência e evolução das culturas; planejamento cultural. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, mostra-se como imprescindível observar nossas ações no mundo e na sociedade, por meio de suas consequências a curto e a longo prazo. Dessa forma, quando nos ocorrer o questionamento sobre “o que deveríamos fazer?” a resposta deve fazer referência aos efeitos desse comportamento sobre nós mesmos e sobre os outros, de forma imediata e postergada. Objetivando, que se atinja um determinado tipo de equilíbrio entre o bem dos indivíduos e o fortalecimento da cultura, como sendo o bem dos outros a longo prazo. Por fim, no que se refere a implicações sociais práticas, propõe-se a sobrevivência e evolução da cultura, sobretudo, por meio de práticas educacionais que sensibilizem as crianças para questões sociais.