INTRODUÇÃO: Suicídio. Palavra que remete ao vazio. Não ser. Não ter. Não pertencer. Fenômeno antigo e contemporâneo. Por mais que o suicídio esteja presente na sociedade há diversos anos, ainda aparece como um enigma sem resposta que precisa de compreensão. Dessa forma, dentre os papéis da Psicologia, encontramos a análise dos processos subjetivos e coletivos que corroboram na escolha de ser ou não ser em cada momento histórico e social, afetando inúmeras idades, gêneros, etnias e classes sociais ao longo de toda a história da humanidade. – OBJETIVOS: A partir disso, surge a motivação de estudar o fenômeno na cidade de Toledo-Paraná, com o objetivo central de verificar se o número de suicídios sofreu aumento durante o período pandêmico da COVID-19. – MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, desenvolveu-se um estudo comparativo dos dados encontrados nas certidões de óbito das mortes por suicídio entre o período de março de 2017 a fevereiro de 2022. Foram realizadas buscas de artigos científicos nas bases de dados Scielo e Pepsic, com os descritores: suicídio, suicídio e psicanálise, suicídio no Brasil, psicanálise, Eros e Tânatos, morte voluntária, ser ou não ser. – RESULTADOS: Os resultados apontaram que, entre o recorte temporal utilizado, houve uma alta frequência de suicídios do sexo masculino, contabilizando-se 79 casos, enquanto àqueles do sexo feminino que totalizaram 19 casos. Houve, então, a indispensabilidade de tentarmos explicar essa diferença. A análise seguiu principalmente a perspectiva da psicanálise, considerando os processos subjetivos do homem, seu lugar desencontrado na sociedade e a crise de identidade masculina na contemporaneidade. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, esse estudo abordou a importância do trabalho em prol da saúde mental dos homens jovens na prevenção do suicídio, priorizando a atenção à subjetividade masculina e o acolhimento do sofrimento humano respeitando as particularidades e singularidades de cada sujeito.