INTRODUÇÃO: A ampliação da cognição é um tema contemporâneo de considerável importância, visto os avanços exponenciais e rápidos das ciências cognitivas. Entretanto, alguns pressupostos teóricos são de suma importância para o delineamento metodológico, epistemológico e experimental das ciências. Nesse sentido, os filósofos Andy Clark e David Chalmers, em seu artigo conjunto “The extended mind” (1998), propõem discutir uma tese central no que se refere ao debate teórico acerca da cognição: quais os limites da cognição e da mente?. – OBJETIVOS: Integrar a tese da mente estendida de Clark e Chalmers com pesquisas recentes sobre cognição aumentada, apresentando as possíveis implicações destas tecnologias no sistema cognitivo humano. Como objetivos especfíciso: Apresentar a tese da mente estendida de Clark e Chalmers; Analisar os fundamentos do externalismo ativo presentes na tese da mente estendida de Clark e Chalmers; Identificar as principais pesquisas recentes a respeito de tentativas de ampliação da capacidade cognitiva humana (cognição aumentada). – MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa se utilizou de uma revisão de literatura narrativa, de cunho exploratório, utilizando-se como fonte de artigos, livros e enciclopédias filosóficas. Os artigos consistem em dois grupos: 1) artigos sobre a tese da cognição estendida, com especial enfoque nos próprios autores, Andy Clark e David Chalmers (1998) (CLARK, 2010) e seus críticos, Adams e Aizawa (2001; 2010); e 2) artigos recentes sobre ampliação da cognição, sob os mais variados aspectos e métodos. – RESULTADOS: Os autores defendem, portanto, a tese de que a cognição e a mente se estendem ao mundo, numa teia sistêmica e causal complexa. Assim, pretende-se analisar aqui os fundamentos e argumentos propostos por Clark e Chalmers e, a partir disso, identificar as implicações dessa alteração teórica para as tecnologias e métodos práticos existentes nas ciências cognitivas, com a finalidade de se ampliar a cognição. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se, a partir da síntese de dados, que a proposta do externalismo ativo e da cognição estendida implicam num aumento significativo das possibilidades de ampliação da cognição, resultando também na necessidade de uma revisão metodológica, experimental e até mesmo ontológica do ser humano.