INTRODUÇÃO: O presente trabalho volta-se para a investigação sobre a teoria de representação, elaborada pelo filosofo austríaco, Karl Leonhard Reinhold, no final do século XVIII, tendo como base a influência kantiana. – OBJETIVOS: O objetivo norteador dessa pesquisa mostra-se como uma possibilidade de discutir e investigar o fundamento da filosofia kantiana no ensaio sobre a nova teoria da faculdade de representação humana (1789) de K. L Reinhold. A primeira etapa de desenvolvimento das atividades deu-se a partir de leituras fundamentais para entendermos a influência kantiana nos escritos de Reinhold, visto que o autor utiliza o método transcendental. A segunda focou-se na leitura da filosofia de Reinhold e seu intérpretes na tentativa de entender sua ideia de representação. – MATERIAIS E MÉTODO: A primeira etapa da pesquisa deu-se através da leitura do projeto do professor-orientador, o plano de trabalho e a obra Crítica da razão pura (2018). Em seguida, houve a leitura e fichamento dos textos teóricos de K.L Reinhold e artigos relacionados ao tema, que se justifica diante da necessidade de aquisição de repertorio técnico pela orientanda. Os estudos lidos e fichados foram os de autoria de diversos pesquisadores da área como John Walsh, Ivanilde Fracalossi, Ricardo Barbosa, etc. – RESULTADOS: Reinhold entendeu que a filosofia de Kant não havia apresentado satisfatoriamente a noção de representação, noção fundamental de seu sistema e de onde parte todo arcabouço apresentado na Crítica. É por esta razão que ele procurará exaustivamente encontrar uma fundamentação universalmente aceito entre os filósofos a respeito desse conceito. Reinhold tenta fazê-lo apresentando essa noção em suas três formas: mais extensa, mais estrita e estritíssima, procurando a cada momento explicar no que poderia se fundar essa capacidade de representação humana. Reinhold encontrou ao fim do processo, na análise da representação em seu sentido estritíssimo a expressão do que seria o que ele entende por um sentido aceito universalmente: não há filósofo que discorde da existência de uma representação, muito menos que um objeto e um sujeito sejam necessários no interior desta. Porém, é verdade também, que eles não podem ser tomados de modo imediato, é preciso entendê-los no interior de uma dinâmica representacional por isso então a distinção entre condições externas e internas, a última responsável por definir o que seria a própria representação: ela é o próprio processo de diferenciação/relação de si (representação) da matéria e da forma. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se que a compreensão da crítica de Reinhold à filosofia de Kant fora alcançada em seu aspecto geral, ainda que muitas problemáticas pudessem ser abordadas mais detidamente, especialmente com relação a relação representação/consciência, a qual fora tratada muito rapidamente. Mesmo assim, a proposta do projeto fora cumprida com sucesso, considerando que este projeto de pesquisa tinha como proposta a análise focada na obra Ensaio para uma nova teoria da capacidade de representação humana de Reinhold, já que o fundamento da noção de representação fora descrito suficientemente a partir deste texto e a filosofia kantiana, enquanto filosofia representacional, fora descrita anteriormente no projeto com muita ênfase.