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UMA ANÁLISE DO TRABALHO DOMÉSTICO NÃO REMUNERADO NA PANDEMIA DA COVID-19

RESUMO

INTRODUÇÃO: A pesquisa tem por objetivo a análise do trabalho doméstico não remunerado pelas mulheres durante a pandemia da COVID-19. Realizou-se revisão de literatura, na qual explorou-se as relações estabelecidas entre mulheres e trabalho ao longo da história e uma reflexão psico-filosófica sobre a atribuição histórica da figura da mulher aos serviços domésticos e do cuidado. – OBJETIVOS: Analisar o trabalho doméstico não remunerado realizado por mulheres em meio a pandemiada COVID-19. Explorar as relações que foram estabelecidas entre mulheres e trabalho ao longo da história. Contribuir por meio de uma reflexão psico-filosófica sobre a atribuição histórica da figura da mulher aos serviços domésticos e do cuidado. Verificar, por meio de dados e materiais disponíveis em plataformas digitais, as principais consequências decorrentes da pandemia da COVID-19 em relação ao trabalho doméstico não remunerado. – MATERIAIS E MÉTODO: Na revisão de literatura foram selecionou=se obras de relevância sobre o tema, tais como: Mulheres, raça e classe, de Angela Davis (2016); Calibã e a Bruxa e O Ponto Zero da Revolução, de Silvia Federici (2017; 2019); A criação do patriarcado, de Gerda Lerner (2019) entre outras. Trabalhos acadêmicos atuais e contextualizados acerca da pandemia da COVID-19. Acessou-se a plataforma periódico CAPES, utilizando-se do descritor para artigos sobre “trabalho doméstico não remunerado”, publicadps entre 2020 e 2022 no contexto da pandemia da COVID-19, foi realizado o fichamento d e 4 artigos selecionados e a categorização. Dados do IBGE foram utilizados, bem como vídeos dp Congresso Latinoamericano de Estudios de Género y Cuidados, realizado em Montevideo, Uruguay. – RESULTADOS: Após a análise dos dados foi possível perceber que entre os anos de 2016 e 2019, os homens mantiveram um valor estável de horas semanais dedicadas ao trabalho do cuidado (uma média de 11 horas por semana); as mulheres ao contrário apresentaram uma crescente significativa. Em 2016 elas passavam 18,1 horas semanais exercendo essas funções não remuneradas, em 2019 esse número aumentou para 21,4, em nível nacional . Estima-se que as mulheres estariam exercendo mais de 4 horas de trabalho doméstico por dia, e na semana, 28,7 horas. E 72% dos homens acreditavam ajudar no trabalho doméstico, mas apenas 42% das mulheres reconheciam essa participação masculina. O trabalho do cuidado não é contemplado nas políticas públicas e não é suprida por políticas de bem estar social, como redistribuição de renda ou em termos de subsidio e suporte financeiro. Na pandemia, mais da metade das mulheres assumiram a responsabilidade de cuidar de alguém, familiar ou não. Meninas e mulheres são responsáveis por 75% do trabalho doméstico em suas casas e comunidades. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presente pesquisa teve como objetivo explorar o trabalho não remunerado exercido por mulheres durante a pandemia da COVID-19. Destaca-se uma sobrecarga relacionado ao trabalho do cuidadona pandemia da COVID-19. E uma negligência das esferas públicas de poder para sanar a questão. Isso posto, é de extrema importância que o trabalho doméstico não remunerado passe a ser valorizado na sociedade. Não é a falta de valor capital que faz com que ele seja secundário.Enquanto esse trabalho não for valorizado e igualitariamente distribuído na sociedade, não será possível ter uma sociedade mais justa.

PALAVRAS-CHAVE:

trabalho doméstico não remunerado; trabalho do cuidado; pandemia da COVID-19; mulheres.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P2.2.8) Sessão Pôster: PIBIC/PIBITI Jr – Todas áreas e PIBIC – Ciências Humanas (P.2) : 25/10 – 15h30 – 16h00 – Hall – Bloco Verde A10
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIC da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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