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AS CARACTERÍSTICAS DA EMPATIA EM EDITH STEIN

RESUMO

INTRODUÇÃO: A sensibilidade de Edith Stein (1891-1942) aos problemas de seu tempo marcou também a sua preocupação intelectual – o que não aconteceu com pouco desafios. Stein teve sempre diante de si, sem esquiva, os problemas dos dois séculos em que viveu, lhes permitindo que a afetasse, mas também lhes respondendo de maneira reflexiva, pois percebia em si a “necessidade de refletir sobre o que [constituía sua] vida” , o que marcava os seus trabalhos como “decantações daquilo que [lhe] absorvia na vida” (STEIN, 2002, p. 721). – OBJETIVOS: Analisar os fundamentos fenomenológicos da entropatia em Edith Stein, caracterizando, dentro no contexto de suas obras, os constituintes do processo empático que permitem identificar a constituição do ser humano a partir da entropatia. – MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa apresentada neste artigo foi propriamente qualitativa, bibliográfica e de análise fenomenológica, sendo guiada pelo objetivo de analisar a fenomenologia de Edith Stein para caracterizar o conhecimento entropático. Assim, nos utilizamos principalmente das obras da Filósofa, tanto em português (Textos sobre Husserl e Tomás de Aquino; O Que é a Fenomenologia? Vida de Uma Família Judia e Outros Escritos Autobiográficos) como em espanhol (Sobre el Problema de la Empatía; Qué es la Fenomenología?; La Estructura de la Persona Humana). As obras em português, Coleção Edith Stein da editora Paulus, são traduções diretas da edição crítica Edith Stein Gesamtausgabe (ESGA), o que possibilita maior rigor conceitual e interpretativo do texto do que as Obras Completas do Editorial El Carmen, Espiritualidad, Monte Carmelo, por já haver críticas de comentadores de língua portuguesa e espanhola sobre a tradução. – RESULTADOS: A partir da obra de doutoramento de Edith Stein, investigar sobre a entropatia significa indagar-se como o eu pode chegar a reconhecer o tu como um alter ego, sem perder sua singularidade, mas reconhecendo a possibilidade do nós. Tal investigação filosófica, por mais que seja teorética, nasce e retorna para o mundo da vida , reconhecendo as estruturas essenciais e resguardando as especificações pessoais. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mesmo sendo em seu tempo a atividade profissional da Filosofia tão pouco reconhecida e remunerada, Stein se determina em primeiro, respeitar-se em suas aptidões particulares, ainda que isso lhe parecesse um descuido com o “pão de cada dia” (STEIN, 2018, p. 209), para seguir o seu propósito de se concretizar na história o seu sentimento de solidariedade e de responsabilidade social (ibid.,2018, p. 233) para servir à humanidade. Tal postura, Stein experimentou em sua prática e disposição de tempo, desde sua ida para ajudar a enfermaria da Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial até a sua oferta de si pelo seu povo que, segundo Hans Jonas (2016, p. 20), são os eleitos da aliança que herdam a maldição com o aniquilamento na Shoá da Segunda Guerra Mundial.

PALAVRAS-CHAVE:

empatia; corporeidade; fenomenologia; antropologia filosófica; filosofia do corpo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P2.1.8) Sessão Pôster: PIBIC/PIBITI Jr – Todas áreas e PIBIC – Ciências Humanas (P.1) : 25/10 – 15h00 – 15h30 – Hall – Bloco Verde B01
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade Iniciação Científica Voluntária (ICV)
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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