INTRODUÇÃO: Os fluidos de corte são utilizados na usinagem com o objetivo de minimizar o atrito geração de calor, o desgaste da ferramenta e melhorar o acabamento superficial e dimensional da peça. São materiais líquidos, gasosos ou sólidos aplicados na zona de corte durante o processo. Os fluidos de corte industriais podem ocasionar problemas de saúde e redução da qualidade de vida dos operadores pela exposição aos vapores e subprodutos formados durante o processo de usinagem. O sistema MQL – mínima quantidade de lubrificante, minimiza também os problemas. Usa uma pequena quantidade de óleo lubrificante, que é direcionado sobre a zonas de corte pela ação de uma corrente de ar comprimido com pressão e vazão controladas. Para aumentar a eficiência, os fluídos de corte podem ter a adição de nano ou micropartículas de materiais lubrificantes entre elas o grafeno. – OBJETIVOS: Estudar a evolução do desgaste em ferramentas de corte de metal duro revestida de TiAlN, no fresamento de topo de aço ABNT 1045 com a aplicação de fluidos de corte de base vegetal, mineral sem e com adição de grafeno pelo método MQL. – MATERIAIS E MÉTODO: Três diferentes fluidos de corte integrais foram avaliados, Dois de base vegetal, MQL15 e LB 1000 e um de base mineral, MQL 14. Esses fluidos foram aplicados por MQL puros e com adições de grafeno nas concentrações de 0,05 e 0,1 %wt. Foram desenvolvidos ensaios de vida das ferramentas de metal duro revestidas com TiAlN, no fresamento de topo do aço ABNT 1045. – RESULTADOS: As vidas das ferramentas de corte no fresamento com MQL apresentaram significativo aumento em relação ao corte a seco. O fluido base mineral MQL14 proporcionou maior vida da ferramenta entre as condições lubri-refrigerantes testadas. A adição de 0,1 %wt de grafeno nos fluidos LB1000 e MQL15 aumentou consideravelmente a vida das ferramentas de corte. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apresentados demonstram que a aplicação do fluido por MQL é vantajosa em relação ao corte a seco, normalmente empregado no fresamento de aço com ferramenta de metal duro. O fluido de base mineral apresentou melhores resultados, no geral, entretanto, os fluidos de base vegetal podem ter suas formulações melhoradas para competir com os de base mineral. A adição de grafeno demonstrou resultados positivos para os fluidos de base vegetal, sendo melhor na concentração de 0,1 %wt. A pesquisa proporcionou aprendizado enorme para os participantes, demonstrando que a prática de pesquisa deve ser incentivada e a iniciação científica é de extrema importância neste contexto. Os autores bolsista e orientador agradecem o doutorando Vitor Baldin, pela ajuda inconteste nos experimentos e na análise dos resultados.
(O2.3) PIBIC – Ciências Exatas: QUI, EQUI, EMEC : 25/10 – 14h00 – 16h00 – Auditório – Carlos da Costa