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VARIAÇÕES DA ANATOMIA ARTERIAL HEPÁTICA: ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E DO IMPACTO NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

RESUMO

INTRODUÇÃO: O transplante hepático é o tratamento padrão ouro de doenças terminais que atingem o fígado, sendo o Brasil um dos países que mais realiza o procedimento. Assim, a correta compreensão sobre parâmetros dos indivíduos doadores e receptores, como a presença de variações da anatomia arterial no órgão do doador, possui grande importância, visto que a presença dessas variações, o que ocorre em até 30% dos enxertos, pode estar relacionada com complicações do transplante. Dentre as complicações, destaca-se a trombose da artéria hepática, que pode acarretar perda do enxerto e mortalidade de até 33% no pós-operatório imediato. Assim, sendo o Hospital Angelina Caron referência na área, os transplantes realizados na instituição representam, em menor escala, uma amostra da realidade brasileira no âmbito de transplante hepático. – OBJETIVOS: Avaliar se houve relação significativa entre a ocorrência de complicações perioperatórias e a presença de variações anatômicas do sistema arterial hepático, bem como analisar a frequência e os tipos dessas variações mais encontradas nos enxertos transplantados. – MATERIAIS E MÉTODO: O objeto de estudo desta pesquisa observacional retrospectiva foi o conjunto de 62 prontuários de pacientes que realizaram transplante hepático entre 2019 e 2020 e que tiveram acompanhamento médico até o final de 2021. Para verificar a prevalência de variações anatômicas do sistema arterial hepático e a ocorrência de complicações perioperatórias, a coleta extraiu dados como idade, sexo, motivo do transplante, classificação da anatomia arterial dos enxertos, ocorrência de complicações e tempo de sobrevida. A anatomia do sistema arterial hepático foi considerada normal ou, em casos de enxertos com variações arteriais, foram utilizadas as classificações de Michels e de Hiatt. – RESULTADOS: Dos 62 pacientes incluídos na pesquisa, 4 receberam enxertos com variação anatômica do sistema arterial (6,45%). A principal complicação, trombose da artéria hepática, foi observada em 4 casos (6,45%), sem diferença estatística significativa entre pacientes que receberam órgãos com anatomia arterial normal ou órgãos com alguma variação arterial (p = 1). Quanto à necessidade de transfusão no período pós-operatório, também não houve diferença significativa entre os dois grupos (p = 0,588). Em relação à sobrevida, similarmente não foi evidenciada diferença significativa entre os dois grupos (p = 0,452). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo evidenciou que a forma mais comum de variação do sistema arterial hepático foi a tipo III de Michels e Hiatt, e que a presença dessas variações não implicou, de maneira estatisticamente significativa, a ocorrência de complicações ou piora da sobrevida em relação aos pacientes que receberam órgãos de anatomia arterial normal.

PALAVRAS-CHAVE:

artéria hepática; transplante de fígado; variação anatômica.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.2.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.2) : 26/10 – 15h30 – 16h00 – Hall – Bloco Verde B04
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIC da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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