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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTE TRATADOS COM PLACA EM PONTE EXTRA-ARTICULAR PARA FRATURAS COMPLEXAS DA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO NO SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU – CURITIBA (PR)

RESUMO

INTRODUÇÃO: A fratura da extremidade distal do rádio é uma das lesões mais frequentes nos serviços de emergências. A técnica que utiliza a placa em ponte extra-articular baseia-se nos princípios de distração do punho e ligamentotaxia, sendo indicada nas fraturas osteoporóticas cominutas, fraturas que envolvem a diáfise e metáfise da extremidade distal do rádio, fraturas com multifragmentação óssea metafisária dorsal e volar e em pacientes politraumatizados que não tolerem o uso prolongado do fixador externo. – OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo principal traçar o perfil epidemiológico dos pacientes tratados com a placa DCP 3,5 mm em ponte extra-articular em fraturas complexas da extremidade distal do rádio. Como objetivo secundário do trabalho, esperasse que os dados coletados auxiliem na decisão terapêutica e previsão prognostica mais acurada dos pacientes submetidos ao tratamento com a placa DCP 3,5 mm. – MATERIAIS E MÉTODO: Este trabalho busca analisar o perfil epidemiológico e os resultados funcionais e radiográficos das fraturas complexas da extremidade distal do rádio tratadas cirurgicamente com a placa DCP 3.5mm em ponte extra-articular, foram compilados de dados demográficos, classificação de fraturas (AO e Fernandez), análise clínica e escores funcionais (DASH E CFHS), EVA e análise radiográfica (Scheck). – RESULTADOS: Foi possível coletar o dado de dezoito pacientes foram avaliados com um mínimo de 184 dias (média de 279,9 dias) de retirada do material de síntese. A média de idade foi de 54,1 anos, sendo 61,1% do gênero feminino. O tempo mínimo de fixação da fratura foi de 84 dias (média de 90 dias), sendo todas as fraturas completas articulares (AO 2RC3). Em comparação com o punho contralateral, o lado fraturado teve diminuição de amplitude de movimento e força: flexão (44,16° vs 65,55°), extensão (35° vs 57,77°), pronação (83,3° vs 86,94°), supinação (66,11° vs 79,72°), desvio radial (7,05° vs 12,77°), desvio ulnar (22,77° vs 36,94°) e força (17,75 KgF vs 29,81 KgF). A média do DASH foi de 27.8, do CFHS 18,88 e da EVA de 3,16. Tendo 61,1% de excelentes e 38,8% bons resultados, segundo critérios radiológicos de Scheck. Não houve complicações como infecções, tendinites, rupturas tendíneas e/ou falha do material de síntese. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: As principais populações acometidas por fraturas articulares complexas da extremidade distal do rádio são jovens vítimas de traumas de alta energia e a população idosa vítimas de queda de mesmo nível. Logo, costuma ser fraturas com muita cominuição ou em ossos osteopenicos, cenário no qual o tratamento com placa em ponte extra-articular apresenta-se um método seguro, efetivo e com bons resultados radiográficos e funcionais. O método apresenta baixos índices de complicações e a possibilidade do uso da mão em atividades diárias de vida como fatores favoráveis a esse tipo de tratamento. Além disso, é um tratamento que, considerando os cenários do SUS, muito interessante, uma vez que o material de síntese está amplamente disponível e mais barato do que placas especificas. Sendo assim, torna-se mais uma opção para o tratamento desse padrão de fraturas.

PALAVRAS-CHAVE:

perfil epidemiológico; rádio distal; fratura; tratamento; placa em ponte.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.3.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.3) : 26/10 – 16h00 – 16h30 – Hall – Bloco Verde B02
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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