INTRODUÇÃO: A Rinite Alérgica (RA) configura uma patologia inflamatória da mucosa nasal mediada por IgE e, desencadeada pela exposição a um antígeno. Pacientes portadores de RA apresentam como principais sintomas obstrução e secreção nasal, espirros e déficit olfatório, tendo a neurogênese olfativa prejudicada por dano direto ao epitélio olfatório ou pela obstrução. Ainda não foi esclarecido qual o exato mecanismo da perda olfatória e quais características apresentadas pelo epitélio olfatório correlacionam-se com esta perda. Sendo assim, o estudo do epitélio olfatório permite aquisição de parâmetros que podem estar relacionado com esta fisiopatologia. – OBJETIVOS: Avaliar as diferenças entre o epitélio olfatório em pacientes com rinite alérgica e sem rinite alérgica, sob um ponto de vista funcional e estrutural, avaliando parâmetros de imunofluorescência e testes olfatórios, correlacionando-os. – MATERIAIS E MÉTODO: Este é um estudo transversal no qual foram avaliados 20 pacientes divididos em 2 grupos, baseado na presença ou não de Rinite alérgica. O Grupo 1 (n=15) eram pacientes portadores de RA, e o Grupo 2 (n=5) foi constituído por pacientes sem rinite alérgica que apresentem indicação de cirurgia de septoplastia e/ou turbinectomia. – RESULTADOS: Apesar de ser estabelecido que pacientes com rinite alérgica apresentam olfação prejudicada, o estudo mostrou distribuição semelhante do UPSIT e RCAT entre os grupos, porém com média dos pacientes com RA inferior ao do controle, possivelmente devido ao baixo número de amostras analisadas. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao se comparar os grupos, demonstrou menores concentrações do segundo mensageiro monofosfato cíclico de guanosina (cGMP) em paciente com a doença, indicando possível fisiopatologia da perda olfatória presente na doença.