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CONTROLE DO DIABETES EM DIABÉTICOS TIPO 1 DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19

RESUMO

INTRODUÇÃO: O surgimento da pandemia por COVID-19 modificou a dinâmica de saúde em vários locais do mundo. Com o medo de se contrair o vírus e devido aos empecilhos consequentes das políticas de quarentena e isolamento social, observou-se uma diminuição no comparecimento de atendimentos médicos e falta de medicamentos para várias doenças crônicas não transmissíveis. Dentre elas, se destaca o diabetes mellitus tipo 1. Sabe-se que um mal controle glicêmico está associado a formas graves de COVID-19 e aumento da morbimortalidade. Com esse olhar, esse estudo reconhece a importância de analisar como uma pandemia pode afetar o manejo da doença nessa população. Avaliar o impacto da pandemia nos valores de hemoglobina glicada dos pacientes diabéticos tipo 1. Como objetivos secundários, identificar fatores que possam ter interferido no controle glicêmico e avaliar os hábitos de autocuidado dessa população durante esse período. – OBJETIVOS: Avaliar o impacto da pandemia nos valores de hemoglobina glicada dos pacientes diabéticos tipo 1. Como objetivos secundários, identificar fatores que possam ter interferido no controle glicêmico e avaliar os hábitos de autocuidado dessa população durante esse período. – MATERIAIS E MÉTODO: Por meio de um estudo com delineamento observacional, onde foi aplicado uma adaptação do ‘’Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes’’, em 161 pacientes diabéticos tipo 1, maiores de 18 anos cadastrados para o recebimento de análogos de insulina nas Farmácias Especiais do Estado. Os valores de hemoglobina glicada foram obtidos no sistema eletrônico de gerenciamento de dados da Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar). Pacientes que não apresentaram pelo menos dois valores de HbA1c, sendo um deles pré e outro referente ao período da pandemia foram excluídos. Resultados de variáveis quantitativas foram descritos por médias e desvios padrões e das variáveis categóricas descritas por frequências e/ou percentuais. Para a comparação das variáveis contínuas antes e depois da pandemia foi usado o teste T de Student para amostras pareadas. Para comparação das variáveis categóricas entre esses periódos foi usado o teste de McNemar. – RESULTADOS: A pandemia não impactou nos valores de HbA1c na população estudada. Em contrapartida, apresentou um efeito negativo na realização de exercícios físicos e na saúde mental dos pacientes, com o aumento do estresse, ansiedade e depressão. De maneira geral, observou-se uma ótima adesão a terapia insulínica, monitorização glicêmica e prática de cuidado com os pés. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A rede de apoio assistencial desses indivíduos pode ter sido importante para a manutenção do controle glicêmico. A maioria dos participantes apresentou seguimento do manejo da doença, com a realização de consultas médicas e exames laboratoriais periodicamente. Não houve falta significativa de medicamentos e de insumos durante a pandemia, o que reflete a eficácia das políticas públicas realizadas para minimizar os efeitos deletérios do isolamento social, fechamento de instituições e quarentena, para a população estudada. Diante da amostragem pequena e restrita a cidade de Curitiba, PR, seria necessário estender este estudo para obter uma amostra com maior abrangência populacional para confirmação destes dados.

PALAVRAS-CHAVE:

diabetes Mellitus Tipo 1; controle glicêmico; autocuidado; COVIDe-19; pandemia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Sessão E-Pôster:
(P4.3.8) Sessão Pôster: PIBIC – Ciências da Saúde (P.3) : 26/10 – 16h00 – 16h30 – Hall – Bloco Verde A14
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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