INTRODUÇÃO: A infecção do Sars-Cov-2 desencadeia uma tempestade de citocinas que resulta na agressão dos vasos, o que dificulta o correto fluxo sanguíneo. O surgimento de novos vasos pode ser fisiológico ou patológico, a diferença entre o que vai acarretar em cada evento é o gatilho que inicia a cascata para o crescimento endotelial/angiogênese. – OBJETIVOS: Avaliar a expressão tecidual do VEGF (fator de crescimento vascular endotelial) em amostras pulmonares, relacionada a mudanças no endotélio vascular de pacientes que foram a óbito por pneumopatia grave ocasionada por vírus pandêmicos SARS-CoV-2 e H1N1 e correlacionar com o grupo controle sadio. – MATERIAIS E MÉTODO: Amostras de pulmão post-mortem (grupo COVID-19 = 24casos; grupo H1N1 = 10 casos e grupo controle = 11 casos) foram analisados por intermédio da imunohistoquímica, utilizando o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). As lâminas foram coradas com hematoxilina e eosina — H&E (Harris Hematoxilina: NewProv, Cod. PA203, Pinhais, BR; Eosina: BIOTEC Reagentes Analíticos, Cod. Pinhais, BR). Em seguida, o software Image-Pro Plus 4 foi responsável pela contagem da expressão tecidual do VEGF obtida em cada caso. Os achados foram comparados usando o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. – RESULTADOS: As características histopatológicas do dano alveolar difuso causado pelo H1N1 diferem das observadas no grupo COVID-19. A análise imunohistoquímica demonstrou uma maior expressão tecidual de VEGF no grupo COVID na comparação com o grupo H1N1 (p=0.009) e com o grupo CONTROLE (p=0.0024), com alta significância estatística. Além disso, dados extras obtidos dos prontuários dos pacientes demonstrou significância na relação entre o tempo de ventilação mecânica e aumento do VEGF entre pacientes com COVID-19. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A COVID-19 difere quanto sua resposta imunológica quando comparada ao H1N1. Os pacientes infectados pelo SARSCoV- 2 apresentaram maior expressão do VEGF em relação ao grupo H1N1 e Controle o que infere em maior angiogênse, que é instrínsicamente ligada à inflamação e relaciona-se a mortalidade dos pacientes. Sendo este um fator que implica no prognóstico de mortalidade dos pacientes acometidos por COVID-19.