INTRODUÇÃO: Os estudantes de medicina enfrentam grandes cargas horárias de aulas e rotinas estressantes hospitalares e ambulatoriais, tornando-se um grupo de risco para distúrbios do sono. O perfil do sono já foi correlacionado com o comportamento em indivíduos com transtornos de aprendizado, mostrando que 65% desses apresentam distúrbios de sono. Ou seja, há uma correlação entre a qualidade do sono e o processo de aprendizagem. – OBJETIVOS: Avaliar a qualidade do sono de estudantes de medicina, comparando a percepção subjetiva no primeiro período do curso e dos mesmos, no segundo/terceiro períodos. – MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de um estudo longitudinal e observacional prospectivo em que a amostra é composta de estudantes das turmas de medicina de inverno de 2021 da PUCPR, da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e da Universidade Federal do Paraná. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo Seres Humanos da PUCPR. Todos os participantes recrutados eram maiores de 18 anos e concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi aplicado o questionário Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh e à Escala de Sonolência de Epworth para estudantes do primeiro e posteriormente foram reaplicados, aproximadamente 1 ano depois. – RESULTADOS: A avaliação da qualidade de sono dos participantes revelou uma correlação entre a privação de sono com: dificuldade para iniciar o sono, sonolência diurna, percepção de má qualidade de sono, não conseguir adormecer em 30 minutos e impacto negativo nas atividades diárias. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Recomenda-se medidas de conscientização quanto higiene do sono e quanto ao impacto negativo da má qualidade de sono no desempenho acadêmico.