INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é a doença maligna mais presente entre os homens, sendo que sua prevalência apresenta uma tendência a aumentar. Dentre as alternativas de tratamento, a cirurgia conduzida por via robótica se mostra como alternativa eficiente e resolutiva para a patologia. Esta depende de uma curva de experiência tempo-dependente. – OBJETIVOS: O estudo a seguir teve como objetivo avaliar a curva de aprendizado dos urologistas ao longo de dois anos realizando prostatectomias auxiliadas por robô, dividindo as cirurgias em dois grandes grupos, sendo um deles as primeiras 50 cirurgias e o outro as últimas 50 cirurgias, comparando-os entre si. – MATERIAIS E MÉTODO: Foi definido o tempo operatório desde que há a incisão da pele até o fechamento da mesma, bem como o tempo em que o cirurgião se coloca no console do robô até que ele saia do mesmo. O tempo que compreende a colocação do robô pela equipe de enfermagem em campo cirúrgico (docking) foi avaliado separadamente. Enquadram-se no estudo 177 pacientes de um hospital privado de Curitiba, entre o período de março de 2020 e julho de 2022. A diminuição do tempo dos parâmetros supracitados é o desfecho primário. – RESULTADOS: A média de duração de cirurgia da 2ª metade foi menor em relação ao da 1ª metade (222 min vs 295 min, P < 0,001). A média de tempo de docking da 2ª metade foi menor em relação ao da 1ª metade (2 min vs 3 min, P < 0,001). A média de tempo de console da 2ª metade foi menor em relação ao da 1ª metade (180 min vs 198 min, P < 0,001). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: A média da duração de cirurgia, docking e tempo de console diminuiram entre os dois grupos (1ª metade e 2ª metade) de acordo com o tempo de prática e realização de prostatectomias radicais robô-assistidas. É importante fazer um estudo clínico retrospectivo mais extenso, com um N maior e com mais hospitais que acabaram por adotar a cirurgia robótica como mais um ramo de terapêutica cirurgica.