INTRODUÇÃO: A nefropatia diabética é a principal causa de insuficiência renal severa e esses pacientes apresentam uma maior suscetibilidade a episódios de hipoglicemia. – OBJETIVOS: Avaliar a variabilidade glicêmica, mensurando o coeficiente de variação, e a incidência de episódios de hipoglicemia por meio de um sensor contínuo de glicose em pacientes diabéticos tipo 2 portadores de insuficiência renal, utilizando diferentes tipos de insulina basal durante o estudo. – MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliados 11 pacientes diabéticos com doença renal do diabetes em hemodiálise em uso de insulinoterapia. Após um período de ajuste da insulina os pacientes foram acompanhados com o uso da monitorização contínua de glicose (MCG) durante 14 dias e após esse período foi feita a leitura dos sensores analisando a variabilidade glicêmica por desvio padrão e coeficiente de variação, tempo na meta (70 a 180 mg/dl), tempo em hipoglicemia (menor que 70 mg/dl), episódios de hipoglicemia estratificadas por risco (nível 1 abaixo de 70 mg/dL, nível 2 abaixo de 56 mg/dL e nível 3 seria qualquer episódio de hipoglicemia com perda de consciência ou necessidade de ser ajudado por um terceiro) e HbA1c estimada pelo sensor no período. O segundo passo foi a trocar a insulina basal para uma insulina análoga de ação ultra-longa (Degludeca) ou de ação longa (Glargina) e repetir a análise. – RESULTADOS: A média de idade foi de 67,1 anos. A terapia substitutiva renal utilizada por todo o grupo era a hemodiálise e a média de tempo de hemodiálise dos pacientes do estudo era de 2,29 anos. A análise demonstrou médias glicêmicas maiores com o uso da insulina NPH em comparação ao uso da insulina Degludeca (p<0,001) e médias maiores da insulina Glargina em comparação com a Degludeca (p36%. A ocorrência de hipoglicemia foi mais comum com o uso da insulina Glargina comparada ao uso da NPH (p<0,01). – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o uso do MCG, foi identificada diferença significativa da insulina Degludeca em comparação à insulina NPH e a Glargina em relação às médias das glicemias. A ocorrência de hipoglicemia foi maior com o uso da Glargina, porém nenhuma insulina apresentou valores considerados adequados de coeficiente de variabilidade (<36%).
